quarta-feira, maio 30, 2007
Rins na TV
Depois do pontapé do Marco, pensávamos nós, que já pouco haveria para ver. Puro engano. Pelo mundo fora são muitos os exemplos da loucura a que pode chegar quem quer aparecer na televisão.
O que fará uma pessoa a morrer aceitar uma coisa destas? Diz a estação que vai transmitir o programa que esta é uma maneira de chamar a atenção para as listas de espera por um órgão humano. Naturalmente, há muito mais para chamar a atenção. E são fins despropositados, na minha opinião.
É certo que a doente terminal já nada tem a perder, mas como vai decidir para quem vão os seus rins? Que critérios serão usados? Como se sentirão os concorrentes que perderem? E como vai sentir-se a doente quando perceber que deixou uma pessoa feliz e duas a sofrer.
Provavelmente vai ser um sucesso, este programa. É que, mesmo os críticos, não deixarão de ver este reality show. E assim as audiências deverão disparar.
É uma guerra onde não gostaria de entrar. Apesar de tudo ainda somos 'conservadores', por estas bandas. Mas tudo pode acontecer. E os formatos passam depressa, de País para País.
domingo, maio 27, 2007
Dias em que a Feira vale a pena
Feira: 2,95€
Fnac: 16,41
Cola, Irvine Welsh
Fnac: 22,46€
O Insaciável Homem - Aranha, Pedro Juan Gutiérrez
Fnac: 12,92
O Caçador de Autógrafos, Zadie Smith
Fnac: 16,97€
sábado, maio 26, 2007
So exclusive, sir
quinta-feira, maio 24, 2007
Livros sem luz
Ora, já não basta as sondagens dizerem que duas em cada três pessoas lêem menos de um livro por mês, e a APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros) ainda permite inúmeras falhas na realização das Feiras:
Dando 'de barato' os atrasos na montagem, a falta de organização - só ontem estavam na internet os dados sobre expositores e programa - e o facto de cada vez menos pessoas visitarem as Feiras, não se pode 'permitir' que um evento destes, em Lisboa, tenha arrancado sem luz! É verdade. A Feira do Livro, no Parque Eduardo VII esteve sem luz até às 21H30. Quer isto dizer que, para além da penumbra - assustadora num parque daqueles - havia ainda o probelma com os multibancos e com as caixas registadoras.
É, no mínimo, uma vergonha.
Valem-nos os livros. Mas aconselha-se a viagem de dia.
O zimbabwe... depois de uma longa ausência
Decidi agora regressar a propósito de uma reportagem que li ontem na "Time", escrita por um jornalista norte-americano que esteve preso no Zimbabwe durante cinco dias. A polícia acusava-o de estar a recolher informações para um artigo que não iria beneficiar a imagem do senhor Mugabe. E advertiu-o de que qualquer comentário menos elogiado - ou até mesmo uma piada sobre o governante - seria infracção grave.
Só mesmo no Zimbabwe :)
quarta-feira, maio 23, 2007
Até quando?

"De todos os incidentes violentos relatados pela APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, 86% estavam relacionados com a violência doméstica" e "muitos não foram denunciados à polícia", lê-se no relatório da Amnistia Internacional. Continuo a lamentar que estes números digam respeito ao meu País. O pior, diz a Amnistia Internacional, é que “a falta de denúncia prejudicou a aplicação de justiça em casos individuais”.
Há quem diga que estas mulheres ficaram até à última por amor. Nenhum amor pode ser tão irracional. Que ficaram por falta de alternativa económica. Há sempre alternativa. A mim ensinaram-me que ninguém morre à fome. Lavar escadas é [sempre] uma alternativa. Ainda assim… acho que ninguém deve ser juiz numa causa destas. Só quem passa por elas sabe o porque.
Oh! Que bonito ...
Sou apaixonada por histórias de amor. Esta é uma que merece a vossa assinatura.
Enquanto espero que a R. acabe uma ‘encomenda’ de última hora [é assim esta vida. Trabalha-se até às 2 da manhã. Acorda-se às 7h. Apanha-se um voo para Lisboa. Aterra-se às 15h e às 22h ainda se escrevem histórias que serão impressas a negro no pasquim de amanha] conto-vos, traços largos, a história do António.
O António quer casar com a Inês. O António ama a Inês e não perde uma ocasião para lho dizer. Encheu-lhe a casa de pequenos post-its amarelos. Lia-se Amo-te. A história vem no Público de hoje e deixou-me embevecida. A mim, que como diz alguém, me comovo por tudo e por nada. A Inês diz que só casa com o António se ele conseguir 10 mil assinaturas na sua petição. Eu acho que nós devíamos fazer a vontade à Inês e ao António. De manhã eram 250. Agora, ao início da noite vai nas 367. Conseguirá o António casar com a Inês?
[Há a visão cínica da história. Daqueles que dizem que a Inês está farta de post-its e que o António é uma melga]
Dois anos
Há precisamente dois anos tentava insurgir-me contra um amor que nasceu torto. Procurava desesperadamente formas de abstracção. Algo que me impedisse de pensar. Este quintal nasceu dessa necessidade de alheamento. Ao mesmo tempo precisava de uma forma de exteriorizar tudo o que era obrigada, por razões que não interessam, a calar. Convenci as mulheres da minha vida a partilharem comigo a escrita,como sempre partilharam a minha vida. O amor acabou, mas o blog sobreviveu muito através da escrita da Samantha que comigo continua a partilhar este espaço. Tenho pena que a Miranda e a Charlotte tenham desistido praticamente no ponto de partida. Mesmo que os seus nomes continuem aqui ao lado. Talvez porque, como na vida, nunca irei desistir delas.
terça-feira, maio 22, 2007
Renascer

segunda-feira, maio 21, 2007
Livros
Mas ultimamente as coisas não me correm de feição, no campo literário. É que não consigo ler um livro até ao fim. Começo a divagar, página a página; volto atrás porque me esqueço do que acabei de ler; muitas vezes penso em tudo, ao mesmo tempo que passo os olhos no livro. Só consigo ler jornais e revistas. Os livros tornaram-se pouco amigos, nos últimos meses. E eu que gosto deles, nem que seja pelo cheiro.
Preciso de um livro que me faça lê-lo até ao fim. Um daqueles que se consomem numa tarde, numa noite - que para mim será, no mínimo, uma semana - daqueles que não queremos deixar de ler, que entramos na estória sem querer. Daqueles que nos prendem.
Eu sempre adorei ler. Sempre. E continuo a ver nos livros uma saída para todo o tipo de momentos: desde os de espera, aos de felicidade plena. Mas falta-me um título. Uma obra.
Qual será?
domingo, maio 20, 2007
Post 1000*
[Ian McEwan, the Comfort of Strangers]
[*ou o reconhecimento literário da existência da estrelinha bipolar]
[im]paciência
sexta-feira, maio 18, 2007
Dias eternos
quinta-feira, maio 17, 2007
Regresso
Apesar da enxaqueca matinal - arrebatada pelo fantástico Zomig nasal - o dia compôs-se, e eis-me de volta.
Ainda não tenho nada para dizer.
Só que vou regressar.
Não estás sozinha, Carrie!
Finalmente sinais de sexo neste blog [vii]
«Todos os que se inscreverem receberão algo muito divertido», assegurou Tania ao ser questionada sobre a seriedade da sua campanha para as eleições legislativas de 10 de Junho.
A jovem estudante de técnicas de mercado decidiu, juntamente com cinco amigos, fazer um ano sabático para se apresentar às eleições municipais e legislativas na Bélgica com o fim de oferecer «um voto de protesto imparcial» àqueles eleitores que não estão contentes com nenhum partido e querem demonstrar a sua decepção pelas promessas que ficam por cumprir. [...]
Diário Digital / Lusa
17-05-2007 6:15:00
quarta-feira, maio 16, 2007
Cannes já começou
Expliquem-me como se tivesse 5 anos
É certo que nunca prestei grande atenção às aulas de marketing e publicidade [lembro-me que odiava de morte o professor], mas também não sou loura, ou gosto de acreditar que não sou burra. Por isso... expliquem-me como se eu tivesse 5 anos: Como é que a Netcabo pretende vender serviços telefónicos se quando está a anunciar linhas eróticas? Ops! Será que é isso? A PT mudou de ramo? Ah não! Então... Aquilo funciona mesmo? Qual é o retorno daquela campanha? Outra coisa: não se pode pôr aquele telefone no silêncio? Já ninguém aguenta ouvir Trim Trim [pausa] trim trim no intervalo de cada noticiário da SicN.
[Jesus! A Rede4 também quis as suas teenagers lindas e vaporosas. Só não são três, são quatro!!!!]segunda-feira, maio 14, 2007
[...]
quinta-feira, maio 03, 2007
Afectos [xiii]
O carro segue a baixa velocidade por uma estrada secundária do Alentejo. De repente uma cegonha começa a seguir o carro num voo rasteiro. Ele diz:
Gostas? Mandei vir especialmente para ti.
Ela: Porra! Só espero que esteja 'vazia'.
Ele: Ops…