quarta-feira, abril 30, 2008
com vista para o mar
terça-feira, abril 29, 2008
altura de ir à bruxa
quinta-feira, abril 24, 2008
Abril
Há uma brisa quente, como se o Verão tivesse vindo celebrar a liberdade. Há a música que entra pela janela. Famílias que descem a rua para desembocar no largo onde se fez Abril. Há isto tudo e uma festa na outra margem. E eu continuo fechada num open space laranja.
quarta-feira, abril 23, 2008
imitações
terça-feira, abril 22, 2008
desafios
Três das adolescentes da minha equipa [a C. será sempre desta secção] comemoram os seus aniversários com poucos dias de diferença. À falta de agenda na altura certa combinam por estes dias uma saída para jantar e acabar no sítio do costume. Querem que dure a noite inteira. Parece que sou difícil de embebedar.
Entre um blog e outro
domingo, abril 20, 2008
Dias com Música
Um acordeão, soube-o ontem, pode pesar 20 quilos. É incrível! Os acordeonistas têm cuidados com a coluna que passam pelo exercício físico. É que carregar o instrumento é carregar um grande peso. Quase como um balde de cimento, nas obras. Mas com a ajuda de alças protectoras e com o aval da élite. E um acordeão, para ser afinado, tem de ser aberto, o que acontece, normalmente, duas vezes por ano, na passagem para o Inverno e na passagem para o Verão. É um instrumento cheio de curiosidades. Consta que esta manhã, no concerto com a Orquestra do Algarve, foi um sucesso. As imagens mostravam o público a aplaudir de pé!
Gosto desta perspectiva de tirar o lado chato e elitista à música clássica. Os Dias da Música servem para isso: ouviu-se a música de câmara, certo, mas também world music e jazz. E para o ano, será Bach, o tema, depois de uma edição de "Duos, Trios, Quartetos & Outras boas companhias".
Curiosa foi a ausência do novo ministro da Cultura. Pinto Ribeiro, que à SIC Notícias disse, há dias, que queria fazer renascer a Festa da Música, faltou ao convite do CCB. É que faltam espelhos, nas salas de concerto...
sexta-feira, abril 18, 2008
o meu [projecto] jardim
[o pior é identificar as ervas daninhas. Perceber o que é bom ou mau. Flor ou resto. Conheço as coroas imperiais, flores imponentes que de um dia para o outro, decidiram reinar neste projecto. Conheço o abacateiro, ali ao fundo, junto ao muro, uma cana a amparar-lhe o caule. A salsa também gostou da terra, já está boa para o corte, e as alfaces mesmo ao lado, falta-me plantar a hortelã e quem sabe alguns coentros. Quanto ao resto não sei, não faço ideia. Se não derem flor um dia lá terei que as arrancar.]
Basta!
Apesar de existirem tantas outras coisas que se podem fazer à chuva, nenhuma delas me dá o mesmo prazer do que se pode fazer ao sol. Já era hora de deixar entrar a Primavera. A sério.
terça-feira, abril 15, 2008
Centrum
O mais incrível - e óbvio - nesta minha perda de memória é que, o que deveria ter esquecido, mantém-se firme na minha memória. Cá estão as más recordações, as mágoas, os momentos que me fizeram chorar... e aparecem assim entorpecidos como se tivessem acontecido mas pudessem repetir-se que eu nem me importava. É injusto. Em 35 anos de vida e alguma experiência juntei dados que gostaria de manter e recordar: visitei países e cidades interessantes (se não escrevesse os nomes nas fotografias esquecia-me de algumas); li livros e vi filmes incontornáveis, ouvi músicas e pessoas a não esquecer... porém, tudo o vento levou. Sem Clark Gable (olha, lembrei-me deste!).
Costumava dizer que tenho cultura de autocarro: sai tudo na paragem seguinte. Queria com isto dizer que só acumulava na memória o que me interesseva para um certo período. Ainda acontece assim. Por exemplo, se faço uma reportagem, preparo-me o suficiente para saber tudo sobre o assunto. Entrevisto, escrevo. E eis que uns dias depois não consigo referir dois dados que tenha retido do assunto ou da pessoa. Triste? Pior do que isso. Esta cultura de transporte público é tão ou mais preocupante quando se tem uma função em que todos nos julgam um bocadinho melhores, mais espertos. "Tu é que és..."... dizem-me. Sim, sou. E não me lembro porque me deram a mim tal cargo. Te-lo-ei merecido? Para já sei o meu nome e a minha morada de cor (excepto o código postal para o qual tenho uma cábula), sei o nome das pessoas de quem gosto e consigo adjetivá-las com duas ou três qualidades (esqueço-me do vocabulário para mais)... mas não me lembro de quem antecedeu a Putin no Governo russo... não consigo dizer agora qual foi o vencedor dos óscares do ano passado e também me esqueci do que li em "100 anos de Solidão". Exemplos do que é não saber. Não ter memória. Não existir ou, simplesmente, ter um passado que de nada valeu.
sexta-feira, abril 11, 2008
Sem voz
quarta-feira, abril 09, 2008
terça-feira, abril 08, 2008
Fora de série
Tenho visto muita coisa de crime: às vezes páro nos "CSI" mas gosto, sobretudo, do que se passa em Las Vegas. Os actores são mais credíveis. Por outro lado, apesar de achar que David Caruso é um cretino, que põe sempre os óculos da mesma maneira, que tem o andar pedante de todos os polícias que não valem nada... apesar de tudo isto, acho-lhe piada. Os gestos exagerados e o facto de levar sempre a melhor com um certo espírito de filme dos anos 30 faz-me gostar da série. Ainda assim, prefiro "A Patologista". Gosto dela. Não tanto quanto gosto de toda a equipa da Casa Branca, especialmente de Sam Seaborn ou de Josh Lyman. Aaron Sörkin (não sei se está bem escrito) é um judeu muito bom. Escreve lindamente para televisão e, nesta série, "Os Homens do Presidente", ficamos a perceber melhor porque se batem Hillary Clinton e Barak Obama por um lugar na liderança do Partido. Perceber esta série é entender melhor o sistema político dos Estados Unidos. Tenho andado a ver os episódios em dvd, um a um. São sete temporadas mas ainda vou na terceira, a caminho das eleições.
E depois há "Boston Legal". Fantástico, o Alan Shore. Um advogado de primeira com tudo o que é preciso para se gostar dele: o charme, a inteligência, o sentido de humor. Não precisa de ser bonito. É essencialmente um excelente actor.
É uma pena que não tenhamos capacidade para guiões destes, para séries deste calibre. Honra seja feita a "Conta-me como foi" que nos conduz ao passado recente do tempo de Salazar. Mas nada mais temos que se veja. Já não lamento as telenovelas - que abomino - mas as séries que não temos. Acho que é, sobretudo, um problema de conteúdos. Não temos quem pegue numa história e desenvolva um bom guião. Tudo nos sai assim teatral, à antiga, pouco profissional.
Felizmente o Reino Unido e, sobretudo, os EUA, dão-nos pano para mangas no que respeita a séries. Não gosto de todas. Não acho piada a "Perdidos" ou à "Betty Feia" (apesar dos prémios). Mas gosto de "Donas de Casa Desesperadas" como gosto de "Irmãos e Irmãs", como gostei de "Sete Palmos de Terra". Uma espécie de ar fresco na televisão que nos chega, uma escola de actores e de profissionais que me faz querer mais, para além da pura descontração. Tenho-me esquecido dos livros, é certo, mas não consigo afastar-me dos mundos diversos que uma boa série me oferece em casa.
Agora vou ver mais um ou outro episódio.
segunda-feira, abril 07, 2008
Da pertinência de um blog
Um blog como diário, um blog como psicólogo, um blog com caixa de mensagens, um blog como repositório, um blog como aconchego, um blog como diversão, um blog como licença de voyeur...
Há muitas razões a enquadrar a pertinência de um blog e tantas outras para não os ter, os ler, os partilhar. Válidas e pueris, egoístas e inexplicáveis, secretas e irracionais.
Mas basta haver um (autor, leitor, pesquisador, crítico) para que se lhe cole a qualidade de imprescindível. Tal como os diários, os psicólogos, os padres e todos os outros repositórios/alter-egos/confidentes de emoções do passado.
Outros, como eu, ainda não trilharam esse caminho e não conseguem deixar escorrer para os dedos os turbilhões de pensamentos que encerram na cabeça.
Porque é mais fácil, porque é mais cómodo, porque ainda não subiram esse degrau na escada da partilha ou da auto-estima.
Bem haja autoras (adoro-vos) e leitores (adoro-vos por adorarem as autoras) deste blog.
Assumidamente (!), Charlotte.
P.S.-Ganhei um portátil e, aparte algumas pesquisas de notícias e de leitura do mail, esta é a primeira "criação" intelectual/emocional que fiz a partir dele. Mas tal não configura nenhuma promessa de continuidade. A saber, por todas as razões acima enunciadas.
Velhice
Oiço muitas histórias de velhinhos. São difíceis, muitos deles. A partir de uma certa idade - é verdade - regressam à infância e exigem cuidados, atenção e mimos que só um menino de 3 anos também exige. Às vezes mais. Contam-me histórias de mau feitio: idosos que reclamam com os filhos, que se dizem maltratados quando têm o melhor dos mundos, velhinhos que dizem "leva-me para um lar", avós que mentem, inventam doenças e males de alma para terem a eterna companhia dos filhos. Tornam-se pessoas egoístas, às vezes más. Sei de uma que há muito não sabe o que é viver do dinheiro que ela própria ganha. Nunca sobreviveu apenas da reforma, paga os medicamentos e nada mais: vive em casa da filha - sempre viveu - não compra alimentos, nem roupa, não paga luz, água ou telefone... Ainda assim, já na casa dos 90, reclama. Todos os dias reclama com a filha. Que não gostam dela, que estaria melhor num lar, que não a tratam bem... A filha sofre, chora, desabafa comigo e procura explicações para uma mulher que ama e de quem ouve, demasiadas vezes, "por ti o melhor era eu morrer, ficavas mais descansada...". Duro e injusto. Contam-me sobre outra. Na casa dos 80, vive com a irmã. Também ela já esqueceu muito do que devia lembrar-se. Também ela faz escolhas e, no caso, escolhe uma filha em detrimento dos outros. Também ela, injustamente. E um terceiro caso, de mais uma idosa, a viver sozinha, que procura todos os dias a visita do filho. Recusa-se a ir ter com ele, a passar os dias com ele, a estar na casa dele com a mulher que ele há anos escolheu como esposa. Porém, quere-o todos os dias debaixo das suas sais e, para isso, cria problemas, inventa mazelas, sofre sem pecisar de fazê-lo. Curiosamente todas mulheres: eis os casos de três mulheres, entre os 85 e os 95 anos. Acho que os velhotes são mais simples e mais cordiais, agradecem mais o bem que lhes fazem mas, infelizmente para eles, duram menos anos.
O que fará destas doces avós pessoas tão cruéis? Porque lhes dá a idade este direito de prejudicar, de magoar? São todas católicas. Praticam o bem na Igreja e temem a Deus. Porém, em casa, deixam que um certo "mafarrico" tome conta delas e fazem chorar quem mais as ama. Filhos e filhas suspiram e perguntam-se sobre o que mais podem fazer. Pouco ou nada, direi. Se às crianças podemos dar uma palmada e educá-las, aos velhinhos nada mais podemos fazer senão suportar, compreender, ter paciência. Custa, imagino. Mas só temos de rezar por não vir, um dia, a ser assim. E já, agora, que os nossos filhos sejam como nós... Ou como estes filhos de que aqui falo.
Pesadelos
O meu irmão insistia em perseguir-me, em mentir-me, comprou um carro em nome dele e queria convencer a minha mãe de que o carro era para os dois. O meu irmão do meio. Havia um prédio de vários andares e correu atrás de mim piso a piso. Eu passei por famílias a ver televisão, cozinheiras de momento, sofás vazios... e ele à minha procura, aparecia sempre onde eu julgava estar escondida. Chorei toda a noite.
Eu nunca estive em Amã e nunca fui jornalista de guerra.
Eu e o meu irmão sempre nos demos lindamente e, nos tempos em que partilhámos carro, fomos sempre justos um com o outro... Já lá vão uns 7 ou 8 anos.
Que sonhos são estes, então? Virá Freud explicar-me?
domingo, abril 06, 2008
Reclamação
sábado, abril 05, 2008
serviço público
Chego a casa e ligo a televisão à procura de alguma forma de abstracção. Liga-se como sempre na RTP1. Não oiço o que dizem, sabe-me bem a ‘companhia’, mas percebo que é um documentário. Quando olho para a televisão vejo uma mulher a beber qualquer coisa de dentro de um pequeno recipiente de plástico, do tipo que se usam nas recolhas de sangue para análise. Falam de comida e sabores. Só quando aparece a segunda a dizer que é ‘doce de ligeiramente frutado’, seguida da voz off é que percebo que estas mulheres estão a provar sémen. Para descobrir o que comeram os companheiros [se fizesse uma lista das palavras que odeio, esta estaria lá de certeza], diz a tal voz off. Alguém me explica a utilidade de tal coisa? Não seria mais fácil olhar-lhes para o prato?
Vício
Este ritual diário que me deixa doente todas as manhãs, as reuniões que se seguem, duas horas de paleio, egos cruzados e dores de cabeça, ideias falhadas e apostas ganhas; tudo isto me faz querer trabalhar mais. Ao fim do dia, já a lua no céu, penso que não deveria regressar já a casa. Lá vem a voz de que aqui falei. Desligo o computador, não sem antes passar os olhos pelo dia seguinte, pela agenda, pelas coisas por fazer. E tudo isso levo comigo. Esqueço-me de tudo no intervalo para a refeição (a única decente do dia) e no momento do chá em frente ao ecrã. Às vezes cidreira, às vezes sabores. Sempre com mel. Se partilho o sofá fico até mais tarde naquele consumo desenfreado de episódios de um dvd genial. Se estou só, calcorreio os canais como se fosse um homem e deixo-me ficar nos programas sobre crimes e advogados, sobre famílias e mulheres desesperadas, sobre médicos e casos de urgência. E de morte.
Desisto quando o que me resta é aquele canal que tem um tipo a fazer visitas pornográficas. Boçal. Evito o livro porque não quero pensar (é pena) mas vêm-me então os pensamentos do dia. Nessa altura, às voltas na cama, experimentadas todas as posições de descanso, o meu cérebro actua como se o duche estivesse de novo a molhar-me. Faço contas e balanços, planos e previsões; penso no que fiz e no que devia ter feito, no que disse e no que devia ter dito. Penso nas pessoas a quem não telefonei, imagino ideias para os dias seguintes, organizo um mapa que é tanto de trabalho como de complicações. Quando, finalmente, adormeço, estou já esquecida da razão que me levou a pensar em tudo. E isso obriga-me a fazer tudo de novo, no dia seguinte.
sexta-feira, abril 04, 2008
da paciência
E a meio da discussão é como se me tivessem posto um espelho à frente. Oiço-me pela primeira vez em anos. Apercebo-me da minha linguagem corporal. Da agressividade. Estou em território amigo e percebo que ajo como se estivesse em campo de batalha. Assusto-me. São milésimos de segundo para entender o que nunca tinha percebido. A pausa não chega para me travar. O tom irritado. A voz muitos decibéis acima do normal. A consciência de que não preciso de falar mais alto para me fazer entender. Que posso vencer apenas pela argumentação. Sei que estou certa. É assim todos os dias. Com tantas pessoas diferentes. Esgotei a paciência. Faltei à última distribuição do racionamento deste bem cada vez mais escasso.
Mentira
Depois comecei a mentir ao meu namorado. Houve uma mentira dura, que veio depois de uma dura verdade. Numa noite de Inverno, quase a chegar ao fim do ano, num hotel à beira-mar, consegui contar-lhe que o tinha traído. Coisa complicada porque, já se sabe, as mulheres (muitas) quando traem, fazem-no com o coração. E eu estava com ele nas mãos, o meu namorado nos braços. Atirou-se para o chão a chorar. Foi penoso vê-lo naquele estado. A cena demorou muuito tempo, tanto que não sei se foram horas ou minutos, mas quando demos por nós estávamos já no dia seguinte. Perante as explicações e os porquês, perante a dor que me dava pena, perante a incredulidade e a injustiça, resolvi mentir. Disse-lhe que não, que não o tinha traído, que estava apenas a testá-lo, que me perdoasse a "mentira". Ele ficou descansado e voltou a sorrir. Não sei se alguma vez fez o mesmo mas, se sim, terá sido merecido. Anos mais tarde, já a caminho de assinar os papéis do divórcio, falou-me dessa noite e de como continuava sem saber o que realmente tinha acontecido. Arrependo-me hoje dessa mentira. Mais: arrependo-me (tanto) de o ter enganado porque essa é a mentira que mais abomino no ser humano. Nada justifica uma traição, penso agora. Nada. E demorei anos a perceber isso. Por isso não minto. A ninguém. Sou hoje clara como água e até evito as meias verdades. Aquela desculpa de não contar a verdade toda não me preenche, não chega.
Vem tudo à mesa isto por causa do dia das mentiras. Uma data universal que todos - e especialmente a Comunicação Social - usamos para uma pequena mentira. São, geralmente, mentiras que não prejudicam ninguém, uma espécie de "Inimigo Público" num só dia. Mas eu não gosto. Não colaboro, não minto. Serei como os ex-fumadores que se tornam fundamentalistas no dia em que abandonam os cigarros. Talvez seja assim... mas, de forma alguma, digo uma mentira. Sem querer parecer aqueles concorrentes do Big Brother cuja maior qualidade é ser "frontal" (adoram ser frontais!), sou assim uma espécie de grilo falante de mim própria, o anjinho a falar mais alto e a ensinar-me como dizer a verdade sem magoar em demasia. Às vezes falho. Mas prefiro essa falha a uma mentira. Verdade?
O Blog
quarta-feira, abril 02, 2008
Adeus [ii]
O post ali de baixo foi mesmo uma brincadeira de primeiro de Abril. Mas os comentários dão que pensar. Conheço todas as pessoas que comentaram à excepção dos anónimos. Ou talvez conheça, não sei. E é com os anónimos que fico pasmada. Afinal quem são as pessoas que nos lêem?
Há quase três anos o Bandeira lincou a cidade e eu envie-lhe um mail, totalmente a despropósito, como são muitas das coisas que faço na vida, a perguntar porque o fazia. Depois fui percebendo que os links são aleatórios. Há quem linque todos os blogues sem qualquer critério, quem linque porque conhece os autores, quem linque porque gosta do que lê. Há muito de voyeurismo na leitura dos blogs.
E depois há pessoas como o anónimo das 9:10 AM… Escreve ele[a]: “Espero que seja um também devaneio, ou melhor, que seja uma mentira algo maldosa (porque magoa quem lê)”. Magoa? Mas que raio esperam de nós? Como se pode magoar quem não conhecemos? Quem não sabemos que existe?
Caro anónimo, desculpe se pareço pouco sensível ou mesmo bruta, quem me conhece sabe que não é defeito é feitio. Mas esta Cidade é uma brincadeira. Esta Cidade não somos nós. É apenas um pedaço de nós.
terça-feira, abril 01, 2008
adeus
A carta é um dos muitos drafts que durante muito tempo se amotinaram no blogger. Pensei em publicá-la hoje. Mas já nem isso faz sentido. Tantas vezes me perguntei hoje porque raio tenho um blog, sem chegar a conclusão nenhuma. E de repente a única coisa que faz sentido é pôr um ponto final do assunto. Não no blog que continuará por certo a albergar a Samantha. Mas apenas na existência da Carrie.
Por isso, a todos os que leram, comentaram, criticaram ou elogiaram, o meu agradecimento.