sábado, junho 18, 2005

Gato Fedorento em Coimbra

Meu amigo, isto o que aconteceu foi muito simples. Na quinta-feira conheci a R.. E em menos de um fósforo estava a ser confrontada com certas e determinadas situações. “O que fazes amanhã? Queres ir a Coimbra ver os Gato Fedorento?”. Há palhaços que falam, falam, falam, ninguém os vê a fazer nada. A R. é o oposto.

Agora era a altura em que devia entrar o “Ah e tal. Ah e tal.” – o que em mim não seria nada de estranhar, como vocês bem sabem –, principalmente porque o convite, vindo de uma pessoa que conhecia há menos de cinco minutos, me pareceu-me um bocado despropositado. Mas ao contrário do que é costume passei directamente para o “ah e tal não.”. "Claro que sim." Já tinha visto o espectáculo, mas achei que estava pronta, mais do que isso, desesperada por repetir a dose de gargalhadas.

Ontem lá fui, à boleia com A Vida é Muito Difícil pela A1 acima. É fácil chegar a Coimbra, mais difícil é dar com o Pavilhão Multiusos. Mesmo assim, chegamos a tempo de ver os rapazes entrar em cena. Mais uma vez não desiludiram e mesmo que tivesse pago bilhete teria dado o dinheiro por bem empregue (aproveito para confessar que das duas vezes em que vi o espectáculo não contribui para o cachet dos 'Gatos').

Acrescente-se que o espectáculo acabou por ser um dois em um: gargalhadas (muitas!) e sauna. Aconselha-se qualquer um que pretenda ir ao dito Pavilhão Multiusos a não levar mais do que o fato-de-banho. Ao que parece o Tribunal de Contas achou que já chegava de gastar dinheiro e resolveu que não havia ar condicionado para ninguém. O resultado é infernal.

Além disso, tivemos o privilégio da companhia do Zé Diogo, do Tiago, do Miguel e do Ricardo (estranhamente o mais introvertido dos quatro) ao jantar. N’O Horácio, uma espécie de tasca mas que servia jantares mesmo depois da uma da manhã, os rapazes foram constantemente assediados com pedidos de autógrafos e demonstraram ter uma paciência de santos (o que, diga-se a abono da verdade, deve ser a única coisa que os poderá colocar no caminho da salvação). Foi engraçado constatar que os quatro têm realmente um sentido de humor apurado, mesmo nas conversas mais banais, sem qualquer tendência para cair na piada fácil ou mesmo em palhaçadas.

A noite acabou tarde. Muito tarde. Ainda que sem o prometido jogo de King ou Canasta, que ao que consta, é o ponto alto dos fins de noite de espectáculo. Valeu a pena ter dito que sim sem hesitar. E por isso aqui fica o meu beijinho à R. pelo convite.

Para os 'Gatos' que se cumpra o brinde de A vida é Muito Difícil: "Que um dia tenham sucesso"!

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