segunda-feira, agosto 20, 2007

Mulheres ao Volante

Sou mulher e tenho carta de condução. Isso não me impede de dizer que as mulheres são o sexo fraco ao volante. Não tem nada a ver com a capacidade ou a destreza na condução... é uma questão de educação, de civismo, de amabilidade.

Quantas mulheres deixam passar um carro à frente, numa fila? Muito poucas. Especialmente se for outra a mulher a conduzir o veículo que quer entrar. Quantas mulheres gostam de ser ultrapassadas? Pouquíssimas. E na Marginal é vê-las nos jipes lavadinhos a conduzir pela esquerda. Quantas mulheres acatam uma 'azelhice' sem bombardear o outro com buzinadelas ou sinais de luzes? Raras. E logo a seguir cometem elas uma 'gaffe'.

As mulheres até podem andar mais devagar, podem ser mais cuidadosas nas manobras, podem parar mais para dar passagem aos peões nas passadeiras... mas, quando se trata de amabilidade ou sensibilidade ao volante são autênticas camionistas, especialmente umas com as outras. É pena... e é triste. Mas é um facto.

Creio que a tendência da mulher é sentir-se diminuída em relação aos homens, no que toca à condução. Então, para compensar, não perdoam. E não perdoar não significa que tenham razão: muitas vezes não a têm. Mas, na cabeça delas, estão correctas e agem como se os outros fossem uns imbecis.

Eu prefiro andar com um homem ao volante. Salvo aqueles casos dos tipos que conduzem com bastões e paus gigantescos escondidos debaixo do banco, os homens são muito mais tolerantes, na estrada. E são cordiais, quando vêem uma mulher ao volante. E cuidadosos, quando percebem que é um carro que leva crianças. Só os taxistas estão fora desta categoria de condutores, mas esses são uma classe à parte.

As mulheres buzinam, gesticulam, chamam nomes e fazem asneiras com o dedo. As mais novas são terríveis com as condutoras do mesmo sexo e intolerantes com os mais velhos que ainda conduzem. São oportunistas, as chamadas 'chicas espertas'. As mais velhas não toleram a destreza das mais novas e têm complexos de inferioridade em relação aos homens. São de um tempo em que poucas mulheres tiravam a carta, e sentem-se as senhoras da estrada.

Regra geral, as mulheres são piores condutoras. São piores automobilistas, piores colegas de 'route'. Há excepções, como em tudo, mas são apenas excepções. As mulheres mais complicadas conduzem Audis e BMWs, ou outros carros topo de gama. Na maior parte dos casos a gasolina não é paga por elas, mas pelos ricos maridos que são importantes lá na empresa. Elas pegam no carro não para ir trabalhar, mas para ir buscar os miúdos ao colégio, para ir às compras, para dar um 'giro' e tratar de assuntos da casa. Não estão habituadas a horas de ponta. Não sabem quem tem prioridade numa rotunda.

Eu tenho carta há já alguns anos. Foi uma mulher que me fez o exame de condução e passei à primeira. Mas a minha atitude foi de humildade ao volante. Já me tinham avisado que ter uma instrutora era meio caminho andado para chumbar. E até podia raspar com o pneu no passeio para estacionar... desde que não me armasse em condutora experiente. É que as mulheres gostam mais de gente estúpida. E ao volante cada uma é a melhor condutora do mundo.

3 comentários:

Unknown disse...

É engraçado, mas não tenho essa visão. Claro que há mulheres como as retratadas no texto, mas penso que os homens são, na sua generalidade, muito mais agressivos no trânsito. Por qualquer coisa, exaltam-se, ficam fora de si. Acho que deve funcionar como um escape para o stress...

Mas concordo na observação relativa ao "picanço" que existe entre mulheres... LOL!

Sara disse...

Curiosamente, também não tenho nada esta perspectiva, mas normalmente conduzo em horas de ponta e, portanto, sem tempo para reparar noutra coisa que não seja o relógio, como se o tempo fosse parar e evitar que chegue atrasada, ou em horas sem trânsito nenhum, portanto com tempo para apreciar a paisagem. Não quer isto dizer que não ache sim sr.ª que as mulheres são umas verdadeiras cabras, umas para as outras.

a dona da gata disse...

A questão é que, sendo nós mulheres, tendemos a olhar para o sexo oposto como o perigoso. Mas contem, num só dia, quantas mulheres vos dão passagem... E se forem novas - na casa dos 20/30 - a experiência é mais óbvia. Eu prefiro cruzar-me com um homem ao volante...