quarta-feira, março 04, 2009

Berlin

Vi Berlim pelo vidro de uma minivan. Ao longe o Bundestag, mais de perto as portas de Brandemburgo, o resto são imagens difusas de uma cidade limpa e organizada. Conheci três hotéis, duas salas de conferências e um centro comercial. Vi Berlim através de um vidro, a respirar com dificuldade, com ar condicionado a 40º graus. Mas vi por dentro um centro comercial, com café português de péssima qualidade e uma casa de fados improvisada. Enregelei à porta de um hotel à conversa com um ministro, o cigarro apertado entre os dedos para as mãos não tremerem, o sorriso forçado para não baterem os dentes. Não vi Berlim, a verdade é essa. Resta-me a Friedrichstrasse palmilhada já de noite à procura de sítio para jantar. A ponte sobre o Spree. Restam-me os jantares [um italiano e um vietnamita, com as salsichas prometidas para Munique], de copo de vinho na mão, boa conversa e gargalhadas. Resta-me o caminho entre o hotel e a porta da Brandemburgo e uma noite de [mau] fado. Resta-me o saxofone a aquecer a noite da Pariser Platz. Há uma fotografia da porta de Brandemburgo, a quadriga de frente, virada para leste. A prova que estive aqui. Passei os últimos dois dias na antiga RDA e a verdade é que nem dei por isso.

2 comentários:

Mozka Tché Tché disse...

ahhh, Berlim....

Catarina disse...

saudades de viagens [dessas].
saudades tuas.