Sem idade
No dia em que me cai no colo uma peça sobre o mais velho actor de filmes pornográficos do Japão, um assunto de sempre, à hora de almoço. O japonês tem 75 anos e usa placa. Nada o impede de fazer as actrizes 30 anos mais novas darem gritinhos para a câmara, com esgares ditos sensuais e poses arrepiantemente sexuais. Quando era miúda recusei-me a ver um filme de primeiro escalão em casa de um amigo porque, simplesmente, me enojava. Nunca achei piada, nunca me excitou, nunca achei interessante. Nem mesmo quando descobri que "Branca de Neve" e "???uma série de anões???", guardado pelo meu irmão em VHS era, afinal, um filme porno. Ao almoço a conversa da maternidade e da idade para ser mãe e mais não sei o quê... que já se faz tarde e que qualquer dia temos 40. Éramos três. E o raio do homem tem erecções aos 75 e diz que há-de continuar a carreira até aos 80.
Não é injusto, o mundo?
3 comentários:
Porque não há "ajuntamento familiar" em que não me perguntem se o próximo é o meu casamento e aos 27 anos responder que tal novo ajuntamento poderá muito bem ser o funeral de uma dessas tias velhas parece não ser o mais responsável (se é que alguma vez o é, por muito que apeteça), decidi-me a estudar as questões da conjugalidade e da maternidade numa das minhas mais recentes investigações. Foi no mínimo curioso porque ao mesmo tempo andava á volta com a cabeça e as investigações em Maria Lamas e As Mulheres do Meu País, mas foi-o essencialmente com os cinco casos que me ficaram de exemplo na apresentação das conclusões (se é que alguma vezs e chega a alguma) do dito trabalho. Há de tudo: a mulher que casa porque quer ser mãe e só assim converte o companheiro a essa ideia, a mulher que não casa mas que quer ser mãe, as mães de reborns, etc etc etc. A questão do "qualquer dia temos 30, 40, 50..." é sempre colocada; já erecções aos 75... deve ser assunto para outras conversas :o)
nossa, esse velhinho tem uma energia e tanto hein?
abraços
E não estaremos a baralhar sexo e capacidade de procriar? Para as mais distraidas, mesmo quando já não temos idade para ser mães, há ainda muita "carreira" pela frente...Eu cá estou optimista, e não sou japonesa e não uso placa.
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