Junho
Junho dá os últimos suspiros numa brisa morna. Viveram-se as férias. Passaram os Santos. Perdeu-se um campeonato. Fez-se [um]a [outra] festa numa noite ventosa. Junho recebeu-me em casa com 30º graus nos termómetros. Com um vento quente a descer a calçada. O sol a encadear nos prédios. Com os jacarandás contra um azul forte. Comi quilos e quilos de cerejas. Fui para Sul. Encantei-me com a cor do mar. Visitei um mini deserto. Fiquei coberta com a terra vermelha de África. Preguicei à volta da piscina. Pus as leituras em dia. Escandalizei-me com Roth. Deliciei-me com Juan José Millás. Li finalmente Dennis Lehane, o homem que inventou o ‘mystic river”. Comi quilos e quilos de cerejas. As últimas. Negras e doces, muito doces. Fiquei um ano mais velha. E diverti-me. Muito. Junho dá os últimos suspiros e como sempre começo a sofrer por antecipação. Os dias estão a ficar mais curtos e um dia destes, quando não estivermos a olhar, chega o inverno.
3 comentários:
Se eu pudesse, parava o ano em Junho e Julho.
Que sorte! Foste a África!
O sonho da minha Vida.
Ir e ficar por lá...
Pois... a mim só me falta ficar por lá. E vontade tenho de sobra...
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