Rever-te
Os livros não são só uma paixão. São um meio de sobrevivência. Gosto que cada “kit” chegue às minhas mãos intacto. Inviolado. Virgem. Gosto de saber que sou a primeira a abrir aquelas páginas. De saber que ninguém antes de mim fez aquela “viagem”. No final marco território com a minha assinatura e a data de “chegada”.
Alguns livros têm também uma data de “partida”. São aqueles que são oferecidos por algumas daquelas pessoas sem as quais não posso viver. Nestes casos sou intransigente no que toca a dedicatórias. A última foi das mais bonitas que já me escreveram. Fiquei com a lágrima ao canto do olho... e como sei que é extensível resolvi partilhar. Espero que me a autora me perdoe a inconfidência. Reza assim:
“É curioso que o autor tenha no nome um desejo: “Rever-te”. Caligrafia diferente, mas sonoridade que não deixa dúvidas. Na maior parte das vezes não pensamos em mais nada: apenas queremos rever. Rever alguém, rever a vida, rever o passado (sem ser na série de TV britânica).
Gostaria de rever-te toda a vida. Gostaria que o nosso clube, o clube “Dumas” miúdas impecáveis, que se tornaram inseparáveis, nunca fechasse. Gostaria que soubesses que qualquer revisão que faça, ter-te-á incluída.”
PS: O livro chama-se “Clube Dumas” e o autor Arturo Pérez-Reverte
1 comentário:
A autora tremeu. Não pela incofidência, que nada me incomoda, mas pelo peso que as palavras podem ter. Se são minhas tremo. Se fazem tremer as pessoas de quem gosto, temo estar perante uma das mais bonitas relações do mundo.
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