meu [muito pouco] querido agosto
Não me lembro quando ou como nasceu a ideia de gostar de trabalhar em Agosto. Há aquela coisa de ter a cidade deserta, de não apanhar trânsito, de ser fácil arranjar lugar para estacionar mesmo no centro de Lisboa, de ficar por cá quando todos partem, de ter esplanadas vazias, de percorrer as ruas com o sol abrasador. Mas depois há o lugar na garagem, por isso que se lixem os lugares para estacionar na rua, não há tempo sequer para um café de fugida e de nada servem as esplanadas vazias, e não há ninguém do outro lado para atender os telefones que tocam insistentemente, e quando há não se aguenta a resposta, o desculpe não dá estou de férias, estou com os miúdos na praia, num almoço com amigos [mesmo que sejam já cindo da tarde], numa viagem no estrangeiro, não há quem faça negócios, quem mexa uma palha e faças as coisas acontecer. Trabalhar por estes dias é um verdadeiro tormento e já não faço ideia porque raio gosto de trabalhar em Agosto.
1 comentário:
assino por baixo...
o mais irritante é quando se ouve o barulho das ondas ao fundo.
Enviar um comentário