segunda-feira, dezembro 04, 2006

Para R., companheira de madrugadas

Renasço da noite como quem renasce das cinzas e torna a viver. Os olhos abrem-se cedo e pararam as malditas dores de cabeça, o embrulho no estômago, a sensação de inexistência, o vazio interior.

A tua voz fez-se ouvir, uma vez mais, na minha madrugada de insónias. Tu de um lado, eu do outro, de um mar que já nos separa menos e que um dia não será mais do que uma ponte enorme. Ligo o teu número a qualquer hora e tenho resposta. Não adormeceste, não desligaste, não estás a tomar conta dos filhos nem do marido, não te dedicas a mais nada senão a mim, naqueles momentos que são longos minutos, mas que pagamos sem dramas à TMN.

Sei que estou para ti como estás para mim: atenta e disponível. Repartimos mágoas e experiências. Os conselhos surgem da experiência de vida. Isto não é nada, aquilo por que passamos. Há por aí casos piores. Não pensamos neles. Olhamos para nós, tu para mim, eu para ti. Juntas procuramos soluções.

Que todas as madrugadas acabem com um bom dia. Porque me fazes bem. E às vezes preciso tanto de ti, como preciso de mim.

Obrigada, amiga!