sábado, fevereiro 27, 2010

fugi de casa

Fugi de casa em grande estado de ansiedade. Fugi depois de tomar banho demoradamente no único sítio da casa onde não me sinto no meio de um furacão, mesmo tendo uma janela. Desconheço se quando voltar a casa estará no mesmo sítio ou se ainda terá telhado. A vista paga-se e também se sente. Num dos sítios mais altos de Lisboa, um 3º andar num prédio desabrigado é dose, mesmo que a vista seja deslumbrante. nota mental: não voltar a mudar de casa no Inverno sob pena de passar a odiar a casa. Não sei a quantos quilómetros soprava o vento, mas é dose, logo para mim que sofro horrores com o mau tempo, que uma tromba de água já me faz pensar em toda a espécie de catástrofes naturais, que passo a vida a mudar de canal para não ver o que se passa na Madeira, que mudo de rádio para não ouvir os mortos do terramoto do Chile. Fujo de casa em grande estado de ansiedade e corro para casa da mamã. Sejamos sinceros. Esta de fugir para casa da mãe está bem justificada. Ainda não me dei ao trabalho de levar para a casa nova a roupa de Verão e vou precisar dela nos próximos dias. Fujo para casa da mãe, arrumo a mala que me acompanhará para o hemisfério sol. Não está errado. É mesmo que sol que preciso.

1 comentário:

Pedro Bom disse...

Essa é uma fuga boa em todos os sentidos... para a mamã, para o sol!!
Compreendo no entanto os motivos e tenho sempre em mente esses aspectos que referes dos prédios desabrigados apesar da vista deslumbrante, prefiro coisas mais "térreas" no inverno!!