Santa paciência
Realmente uma mulher precisa de ter muita paciência.
Estava eu descansada da vida, a dar cabo de uma embalagem de strawberry cheesecake da Häagen-Dazs. A cumprir religiosamente o meu estágio, quando, vindo do nada, aparece uma pequena janela azul a piscar no meu computador. Ok, já percebi que me esqueci de desligar o messenger.
Quem era, perguntam vocês? Um amigo de outras marés, que, como vos disse há dias, descobri que não era mais do que um mito. Brindámos ao assunto, lembram-se?
Pois não é, que a criatura vem agora cobrar-me por não lhe telefonar há três semanas? Só para verem o género, deixo-vos com a primeira mensagem: “ainda cheguei a pensar que houvesse também da tua parte algum interesse em saber qualquer coisa de mim... o que se passava... como eu estava...”.
Brilhante, não acham? Eu achei. E aproveitei para descarregar a bílis acumulada durante demasiado tempo.
Claro que ter discussões virtuais é fácil. Dizer algumas coisas por email ou sms mais simples e menos constrangedor do que dizer na cara. Mas juro que se ele me aparece à frente com a mesma conversa repito. Tudo! Santa paciência. Já dei para este peditório.
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