as clementinas
Há os hipermercados, os supermercados, as mercearias de bairro. E depois há o cesto a secção x do pasquim. Numa equipa só de mulheres não há grande preocupação com a linha. E as idas ao supermercado resultam em olhares de viés. Diagnóstico médico feito à pressão pelas meninas da caixa. Ou a dúvida entre a bulimia ou a anorexia numa figura de 50 quilos de peso. Gigantescas bolachas de chocolate. Tarteletes de morango. Chocolate de caramelo. Férrero Roche. Tudo serve para encher o cesto da S.. Também já se comeram tremoços às 11 da manhã. Somos a mercearia de um jornal inteiro. Do director aos estagiários. A outra S. acabada de chegar, sentada na mesa da minha eterna estagiária, diz que comemos muito. Também falamos muito. E rimos desbragadamente. A verdade é que existe o receio latente de que possa acontecer qualquer espécie de cataclismo que nos impeça de sair da sala. Armazenamos comida como na iminência de uma III Guerra Mundial. Hoje tenho clementinas em cima da secretária. Estranhamente ninguém lhes tocou…
2 comentários:
Tanks pelo que me tocou ;-)
Eram bem boas, as clementinas...
E isso de armazenar comida é porque trabalhamos em Bagdad e esqueceram-se de nos avisar...
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