terça-feira, junho 12, 2007

África

O Agualusa voltou. Melhor do que nunca. Com sons, cheiros, sabores, cores de África. Uma África que [ainda] desconheço*. Mas que me está no sangue. Em ‘as mulheres do meu pai’ Agualusa vai à minha cidade.

“Passámos o dia de ontem a visitar os “pontos turísticos” e algumas possíveis locações oara o filme: o Grande Hotel da Huíla , o Cristo-Rei, a serpenteante estrada da serra da Leba, a fenda da Tundavala” [Pag.81]

Também fala da maior piscina do mundo. Da Chibia. E de Moçâmbedes. Fala de um país que me chegou pela voz dos meus pais. De um mundo que sinto como meu e que não encontrava desde a 'Estação das chuvas'. Os meus pais falam-me de Sá da Bandeira, uma cidade rebaptizada com a independência de Angola. Hoje chama-se Lubango. Terra com nome de maleita muscular, mas que a mim, como tantas em África, sugere enigmas e caminhos por percorrer.

[*à excepção de Maputo]

2 comentários:

Su disse...

Estou ansiosa para ler o livro. Tenho a marca de África no corpo (ou será no coração?)...
Penso que apenas e só quem foi à África profunda e se misturou com o povo (não me refiro a turismo)pode entender esta "coisa" que se sente e tão dificilmente se explica, mas que nunca mais nos sai da alma...

frebelo disse...

África tem um feitiço inexplicável mesmo para quem não tem dela a marca. Tem o dom de roubar o coração a quem a visita.
Voltamos, mas há uma parte de nós de fica lá: um pouco do nosso coração. Racionalmente inexplicável para pessoas como eu que não tem nem memória de África nem ligação de espécie nenhuma...até à primeira visita.
Nota: África não rouba corações a turistas. Rouba os corações de quem a visita com o coração. E isto só tem a ver com beleza e nada com compaixão.