dos dias bons ii
Começo o dia virada do avesso, despertador desligado a soco, só mais dez minutos, até que toca de novo e de novo o desligo. Passo uma hora nisto. Tempo mais do suficiente para imaginar todas as desculpas possíveis, algumas plausíveis outras nem por isso, hoje não é dia para sair da cama. Rendo-me ao inevitável. Não sei fazer gazeta. Estou intragável, mas meia hora debaixo de água ajuda a limpar a alma e as ideias. A vida não é má. Começo o dia com sorrisos, cumplicidades, pastéis de Belém cobertos de açúcar e o dobro da canela para adoçar as quase lágrimas. És sempre tu que aqui estás, para o que der e vier, nos bons, nos maus e nos piores momentos. Rimos muito. Começo o dia num jardim no meio da cidade, relva brilhante, acabada de cortar, que convida a tirar os sapatos, encostar ao tronco de uma árvore e não fazer, não pensar, não reagir. Começo o dia a olhar para um homem com sorriso e corpo de Adónis. A subtileza nunca foi o meu forte.
1 comentário:
Ora, isso é um excelente começo de dia :-)
(Amanhã será melhor)
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