dias de sol
“Escrevo-me para me distrair de viver”. Vivo para me esquecer de pensar. Os jornais espalhados na mesa por entre garrafas de água e o prato do bolo de chocolate, conversas cúmplices, sorrisos e o amparo de sempre sob um sol abrasador no meio da cidade. Imperais de fim de tarde, descobertas boas, mais conversa, mais risos. Jantar em versão ceia a acabar fora de horas. O cheiro das noites de Verão a subir do Tejo. Música no sítio do costume, brincadeiras infantis, risos. Deitar muito tarde, sem vontade de cair na cama. Os dias e as noites querem-se cheios, fora de casa, rodeada de gente. Joga-se à bola, tiram-se fotografias, fazem-se bolas de sabão, come-se bolo de aniversário e cerejas até ficar enjoada. Recebem-se mimos e confirma-se que é preciso muito pouco para ser feliz. Só o ‘Segundo’ da Maria Rita continua a tocar em repeat.
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