quarta-feira, novembro 21, 2007

meteorologia

Eu estava só a brincar. A meteorologia escusava de ser tão agressiva. De levar tudo tão a sério. O frio não precisava de ser tanto. O mercúrio não tinha de descer tão depressa, correndo o risco de partir os termómetros, confusos na rápida mudança de humores. E logo com chuva à mistura. Usar sobretudo e guarda-chuva, tudo ao mesmo tempo, ao fim de tantos meses baralha os sentidos. Faz mal a alma e à pele. Salva-me a desculpa de usar sapatos novos. A gabardina resgatada nos saldos de Verão [há coisas fantásticas] da Zara. Dar asas a uma ânsia consumista que as gajas da secção apelidam de crise de afectos. Não vale ler nas entrelinhas. É mal generalizado. Abrimos os sacos e trocamos ‘cromos’ à chegada do almoço. Continuo a encontrar as melhores pechinchas. Acho que tenho mesmo alma de pobre. Gosto de exibir o vestido curto que faz virar cabeças, não porque me fica muito bem, a meia de ligas espreitar junto da bainha, mas porque foi uma pequena bagatela. O mesmo para a mala. O casaco azul com uma enorme flor. Amanhã não trabalho. Não posso. Não tenho nada para estrear.

3 comentários:

Anónimo disse...

Ah ha - descoberta a causa destas chuvadas. :)

Alba disse...

Sabes que às vezes também me ocorre isso? E também a versão mais neurótica, dos dias de grandes inseguranças e pequeno amuos - "Não vou porque não tenho nada para vestir"

Lipa disse...

Acho que é um problema de todas as mulheres...
Eu também nunca tenho nada para vestir!! Eheheheheh

Belo blog!

Beijnhos