Amor ou consequência
O filme é tão assustador quanto maravilhoso. Maravilhoso porque nos encanta, nos enleva e nos transporta para um mundo que tanto pode ser passado, como presente. Assustador porque nos recorda que já vivemos aquele jogo. Ainda assim, continuamos a jogar.
Nas relações - especialmente nas de amor ou paixão - muito gostamos de ver quem faz o quê, a seguir. Muito gostamos de medir as palavras e as acções, à espera que o outro o faça primeiro. Desde que o mundo inventou o sms, e o e-mail, e as formas de comunicar meditadas... desde então deixámos de ser nós. Eu deixei um bocadinho. Não generalizo, então. Eu deixei um bocadinho...
Gostava de poder fazer tanta coisa de outra forma. De dizer o que não disse, de decidir quando hesitei, de chorar quando sorri, de sorrir quando gritei. Gostava. Só para ter a certeza que não é um jogo, isto tudo. Que estar com alguém.... um dia, um mês, 10 anos... não é um jogo. Nem tão pouco um desafio.
Não pode ser apenas um prazer?
Talvez amor ou consequência queira apenas dizer que amar, amar, de facto; só pode ter consequências. Nalguns casos desastrosas.
Ora bolas.
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