terça-feira, junho 07, 2005

Coragem

Quando penso no suicídio fico sempre sem saber se ele implica falta, ou excesso de coragem. O que custa mais... viver ou morrer?
É por pensar na coragem, nesta perspectiva, que nunca sei qual é a atitude mais corajosa. Desistir ou Insistir?
Não gosto de julgar o que faz cada um desde que, um dia, fui sujeita a julgamento. E perdi. Também eu fui confrontada com a falta de coragem que, pensava eu, era de quem desistia. Mas não só, pensei depois. Também eu não tive coragem de desistir, ou de impedir a desistência. Ou, simplesmente, de nunca permitir que a coragem fosse, entre nós, motivo para decidir.
O Amor, neste blog, é o mais importante dos sentimentos. O que mais tinta faz correr... Como o é, para cada uma de nós - quatro, por agora três - que aqui escrevemos. O Amor, seja de que forma for, é, em si, um acto de coragem. Ultrapassa a cobardia de ficar a ver, ultrapassa a ousadia de o procurar. O Amor é - para mim - a mais profunda palavra sem explicação que não seja a que o sentimento guarda. E ele guarda, por cada um, uma forma diferente de amar.
Não bate certo?
Falta de hábito. A minha...

P.S.: Sabendo eu que há, por esta cidade sem sexo, quem queira ler nas entrelinhas mais do que elas dizem aviso, desde já, que a referência ao suicídio é inocente, factual, e quase sociológica. Sem dramas, portanto...

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