segunda-feira, junho 13, 2005

Desarmada

Ela saiu de mansinho, como se a falta de uma despedida pudesse apagar outras ausências. Saiu como quem foge à vida. Passo firme e andar ligeiro calçada abaixo. O pior foi ter que voltar atrás. Cruzaram-se à entrada, ou à saída, dependendo da direcção que se toma. O sorriso dele apanhou-a desprevenida. Desarmada. O rosto dela mostrou o desprezo que não sentia. Quando se apercebeu era tarde para voltar atrás.

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