Perdições
A Fnac vai ser a minha perdição. Não é a única, mas é talvez a mais problemática. Vai directamente à minha conta bancária, que diminui na exacta proporção do espaço disponível nas prateleiras lá de casa.
As mulheres quando estão deprimidas compram sapatos, malas, roupa. Eu vou à Fnac, qual agarrado à procura da próxima dose. Problema acrescido porque também lá vou quando não estou deprimida. Vou e pronto! E, agora, a tentação é tão grande. Que culpa tenho eu que haja uma a caminho de casa? É a mesma coisa que colocarem uma ‘slot machine’ à entrada do metro.
Bem tento convencer-me a comprar com moderação. Um livro de cada vez. Uma história esta semana, mais um volume na próxima. Mas comigo nada acontece com moderação, certo?
Depois da ida à Feira do Livro (bastante decepcionante este ano, o suficiente para não ter voltado. Talvez me redima mais logo) em que levei para casa (só) três novos amigos – três estórias a estrear, com o cheiro que só os livros novos transportam, virgens, a transbordar de palavras para serem consumidas com a ansiedade de um primeiro beijo –, hoje voltei à Fnac. Resultado... Mais um livro. Estou a pensar em procurar ajuda, qualquer coisa do género “Jogadores Anónimos”. A sério. Ser viciado em jogo não pode ser muito diferente disto.
PS: Sim, estou absolutamente desocupada e a perguntar-me porque raio não estou a gozar o feriado como o comum dos mortais. Já agora, aproveitava e punha as leituras em dia…
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