Porque há uvas escondidas entre as parras...
É a ouvir o novo disco de Madonna que escrevo este 'post'. Explicarei, adiante, o porquê da minha ausência deste 'blog' (a quem possa interessar) mas, para já, tenho de dizer qualquer coisa sobre os MTV Awards...
1 - Antes de mais: Obrigada, Carrie. Estive lá por tua causa. E foi uma oportunidade única. Estivemos lado a lado e vimos (ou, pelo menos, pressentimos) coisas diferentes... Mas a prova de amizade foi o bastante para eu gostar de lá ter estado. Mais a Madonna...
2 - A Madonna... Ora, a Madonna não cantou em play-back. Aliás - e lamento dizer isto - até desafinou um bocadinho... Havia, isso sim, um 'delay' entre o que ouvíamos e o que víamos no ecrã. Porque se tratava de um espectáculo pensado para televisão, e porque a MTV teve, pela primeira vez num evento destes, tradução simultânea. Ora, sendo esta gente um pouco obcecada com as questões do pudor - não fosse a Shakira mostrar as mamas ou o Robbie Williams mandar todos para a 'puta que os pariu' - havia uma diferença de três segundos entre o que acontecia e o que era mostrado. Começa a ser frequente, em cerimónias deste género.
3 - Também achei brilhante a actuação dos Foo Fighters, por causa do jogo de luzes e da forma como parecíamos estar sobre e sob as nuvens. Era só escolher de que lado queríamos estar. Eu fui variando. Fraquinhos, os Coldplay... música mal escolhida e som miserável. Na televisão, diz quem viu, parecia tudo bem. Lá está, aquilo era para ver em casa. Exemplo disto foi a actuação dos Gorillaz (parte deles). Perdeu-se metade do impacto no Pavilhão Atlântico...
4 - Foi exactamente o espectáculo televisivo que me impressionou (ossos do ofício?). É que estava tudo bem montado, muito bem estruturado e planeado para o quadradinho. Um exemplo: quando a Madonna entregou o prémio ao Bob Geldof, um momento aparentemente importante, só o público atrás deles estava em êxtase. Ou seja, só o público sob o foco de luz. Todas as outras pessoas pareciam estar a ver outra coisa. Talvez tivessem mudado de canal...
Ainda assim pareceu-me bem feito. Profissional. E os momentos não foram assim tão mortos, quando comparados com coisas que já vi ou fiz (em tv, claro está)... E até elogio o trabalho do assistente de palco que esteve aos gritos. É um trabalho difícil, o dele: fazer acreditar que estamos todos 'muita bem', satisfeitos da vida e a 'curtir' cada segundo daquele espectáculo... Se pensarmos que parte do público (a maior parte) não comprou bilhete e estava ali porque lhe deram essa oportunidade, apenas, sem gozo, portanto...
5 - Quanto à Shakira... aguardo o convite para ir às Bahamas! Deve ter quartos para todas.
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