Da pertinência de um blog
Não fiquei nada surpreendida pelo facto da Carrie ter causado o pânico geral quando anunciou o seu adeus do presente blog. E, tal como salientou a Samantha, haverá concerteza leitores mais assíduos (dependentes, até) deste blog do que eu, que dele faço (?) parte.
Um blog como diário, um blog como psicólogo, um blog com caixa de mensagens, um blog como repositório, um blog como aconchego, um blog como diversão, um blog como licença de voyeur...
Há muitas razões a enquadrar a pertinência de um blog e tantas outras para não os ter, os ler, os partilhar. Válidas e pueris, egoístas e inexplicáveis, secretas e irracionais.
Mas basta haver um (autor, leitor, pesquisador, crítico) para que se lhe cole a qualidade de imprescindível. Tal como os diários, os psicólogos, os padres e todos os outros repositórios/alter-egos/confidentes de emoções do passado.
Outros, como eu, ainda não trilharam esse caminho e não conseguem deixar escorrer para os dedos os turbilhões de pensamentos que encerram na cabeça.
Porque é mais fácil, porque é mais cómodo, porque ainda não subiram esse degrau na escada da partilha ou da auto-estima.
Bem haja autoras (adoro-vos) e leitores (adoro-vos por adorarem as autoras) deste blog.
Assumidamente (!), Charlotte.
P.S.-Ganhei um portátil e, aparte algumas pesquisas de notícias e de leitura do mail, esta é a primeira "criação" intelectual/emocional que fiz a partir dele. Mas tal não configura nenhuma promessa de continuidade. A saber, por todas as razões acima enunciadas.
2 comentários:
é pena, pela amostra
Considero os blogs grandes terapeutas... Exprimimo-nos e recebemos feedback de pessoas que não nos conhecem, mas que acabam por torcer por nós... Quando há muita gente a querer a nossa felicidade, quem deseja a nossa infelicidade fica sem força!
Bjins
NOTA: Continua a escrever... far-te-á bem a ti e a nós ;)
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