da paciência
E a meio da discussão é como se me tivessem posto um espelho à frente. Oiço-me pela primeira vez em anos. Apercebo-me da minha linguagem corporal. Da agressividade. Estou em território amigo e percebo que ajo como se estivesse em campo de batalha. Assusto-me. São milésimos de segundo para entender o que nunca tinha percebido. A pausa não chega para me travar. O tom irritado. A voz muitos decibéis acima do normal. A consciência de que não preciso de falar mais alto para me fazer entender. Que posso vencer apenas pela argumentação. Sei que estou certa. É assim todos os dias. Com tantas pessoas diferentes. Esgotei a paciência. Faltei à última distribuição do racionamento deste bem cada vez mais escasso.
2 comentários:
num dia esgota-se, no outro enche-se! se é que me estou a fazer entender =)
"Parfois il faut que tout change pour que tout reste le mème" ...o ciclo do conhecimento dos nossos limites recomeça todos os dias. Felicidades para a viagem.
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