Afectos [xii]
- Porque sais tão tarde?
Custa-me a resposta... É esta a vida que escolhi. “…ninguém precisa de um filme para perceber que uma relação com uma jornalista se encontra na fronteira do impossível…” Como explicar-te que é assim que funcionam os jornais. Já passei por tantos. É sempre igual. Já perdi tanto de vida pessoal. Como explicar-te que as coisas mudam de um momento para o outro ao longo do dia. Que o que estava feito deixa de estar. Que é preciso começar de novo a meio da tarde. Como se o dia acabasse de começar. É assim que funciona. É esta a vida que escolhi. E queria tanto que a compreendesses…
4 comentários:
Tão importante como compreender é aceitar. Depois há solução. Há sempre solução. :)
Vá lá!
Nem todos podemos ter uma vidinha a horas!
Come uma pizza e vê o jogo que ela chega mais tarde...
Vá lá!
e' quase como trabalhar com miudos!
O meu marido também é jornalista e, por conseguinte, sofremos desse mesmo problema com as horas. Ao início foi mais difícil aceitar e viver bem com isso. Hoje em dia, já me habituei, apesar de preferir estar com ele mais tempo!
Conseguimos adaptar a nossa relação ao tempo disponível, e, a meu ver, o tempo que se passa junto não é o barómetro do amor, da cumplicidade ou da disponibilidade que se tem para o outro. Muitos casais há, que têm a dita vida "normal" e que não podiam viver vidas mais separadas e sem conteúdo!
O nosso próximo desafio será quando tivermos um filho. Aí não sei bem como é que vamos conseguir lidar com esta limitação... a ver, vamos! Mas havemos de aranjar forma, aliás, porque esta vida sem horários, não traz só desvantagens.
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