Sem razão aparente
Escrevo sem ter o que dizer mas escrevo por opção. Não gosto de ver vazio o espaço de cada dia, o espaço de cada data que salta sempre que nenhuma de nós aqui vem. Não sei porque andam as outras meninas deste blog - especialmente tu, Carrie - tão ausentes, mas eu não quero estar ausente e não quero desabituar-me de vir aqui todos os dias, nem que seja para dizer olá. Olá a cada uma de vós, a quem por aqui passa, a mim própria que visito a página de quando em vez para ver se há novidades.
Eu não tenho nada para dizer, mas sei que sinto qualquer coisa que posso transmitir, que posso passar, que posso dizer aos outros, ou então só a mim quando só eu me compreendo e sei o que quero dizer. E às vezes também não sei. Venho aqui e não sei nada, não sinto nada, nada me impele a fazer o que quer que seja para alimentar este blog. Mas preciso de fazê-lo para saber que existimos, juntas, apesar de tudo, apesar das faltas de cada uma, apesar das faltas mais faltosas, apesar das ausências mais notadas. Eu venho como quem passa de visita.
Debito banalidades e sei que o faço. Mesmo assim não páro porque ainda não começou o Dr. House na televisão e porque ainda tenho tempo para escrever. Não páro porque os dedos aceleram no teclado e pedem que escreva, que diga mais, que deixe presente um sentido que fica no sentimento que o teclar deixa transparecer. Ninguém sabe a rapidez com que o faço. Só eu. E não sei porquê, porque não páro, porque não desisto. Hoje não me apetece abandonar o projecto.
Escrevo porque cada linha diz qualquer coisa mesmo que nada diga. Escrevo porque o sentido do meu escrever vale mais do que aquilo que aqui deixo impresso. Escrevo porque vivo ao fazê-lo. Escrevo porque me habituei a viver assim, mesmo quando nada mais me puxa para o sorriso. Pedem-me que acalme o teclar. Não me importo. Continuo nesta vontade de quem quer que saia alguma coisa de útil, mesmo tendo a certeza de que nada disso pode acontecer. Não está a acontecer. É pena. Mas também não faz mal.
Escrever é tão bom que satisfaz a alma. A minha está um bocadinho aqui, no dia de hoje. Espero ter mais conteúdo, um destes dias...
2 comentários:
Olha, diz lá isso à rapaziada lá da minha Mesa...
vem sempre, que as restantes solitárias deste mndo agradecem a companhia.
Enviar um comentário