quarta-feira, janeiro 10, 2007

Uma história por Dia

A minha mulher ganhava dois escudos a lavar casas à escova. Na terra, guardava as vacas desde os cinco anos e bebia água fresca da fonte. Veio para a cidade servir. Queres vir para a minha companhia? As mulheres dedicavam-se de alma e carinho porque precisavam, agora não precisam de nós para nada. As mulheres, senhor Guilhermino, precisam de se dedicar a algo ou a alguém; é esse o nosso fado, nada mudou, a conta bancária pode ter até quatro dígitos no início do mês, as contas podem até estar todas pagas, mas as mulheres precisam de se dedicar.

[Este é o fim do princípio da história do sr. Guilhermino. Uma daquelas personagens que só a Dia encontra, porque a Dia está sempre de olhos abertos para o mundo. Porque ela acha que nada de extraordinário lhe acontece. Porque tem um coração de manteiga. E porque escreve como ninguém.]

1 comentário:

Anónimo disse...

Qual é o teu maior segredo?

http://www.naocontesaninguem.blogspot.com/