[o meu]mundo
Por alguma razão [ainda] desconhecida, o mundo parece-me hoje um lugar ainda mais estranho do que habitualmente.
Por alguma razão [ainda] desconhecida, o mundo parece-me hoje um lugar ainda mais estranho do que habitualmente.
Escrito por Carrie às 14:09 1 comentários
Em 2009 vou perder 5 quilos. Vou tentar a "liposhaper". Vou poupar dinheiro para viajar. Vou outra vez a Nova Iorque. Vou a Roma. Vou trabalhar melhor, chatear-me menos, vou ser mais serena e evitar erupções sem sentido. Vou à aldeia da minha mãe, passados 5 anos de abstinência. Vou resolver o passado de vez. Vou engravidar. Vou comprar uma casa nova. Vou convencer o meu namorado a tudo isso. Vou convencê-lo a casar. Vou esquiar e passar férias na neve. Vou estar mais tempo com a minha avó. Mais tempo com os meus sobrinhos. Vou dedicar mais horas à minha família. Vou ajudar alguém, em especial. Vou encontrar-me com velhos amigos. Vou estar mais com esta cidade. Vou sorrir. Vou rir-me à gargalhada e com razão. Vou usar um aparelho nos dentes e não me vou importar. Vou aproveitar os meus afilhados. Vou ao Rio com as milhas da TAP. Vou fazer uma boa reportagem. Vou acreditar no meu trabalho, na minha função, na minha empresa. Vou trabalhar mais alegre, menos desiludida, mais entusiasmada. Vou comer melhor. Vou beber menos meias-de-leite. Vou inscrever-me no ginásio. Vou inaugurar a minha bicicleta há 4 anos na arrecadação. Vou mudar de carro. Vou passear a Sintra. Vou fazer massagens. Vou tratar da minha saúde. Vou gostar. Vou amar. Ou não.
Escrito por a dona da gata às 13:02 4 comentários
Marcadores: 2009, Samantha assumidamente
Em 2009 vou trabalhar menos. Vou sair mais cedo do pasquim. Vou dar mais atenção às pessoas verdadeiramente importantes. Vou ler mais. Vou voltar a Nova Iorque. Vou estar mais vezes com as mulheres desta cidade. Vou estar menos tempo em frente ao computador. Vou andar mais de patins. Vou mais vezes ao cinema. Vou dar mais de mim aos outros. Vou voltar a estudar. Vou ganhar os prometidos cinco quilos. Vou ver mais vezes os meus putos. Vou a Angola. Vou rir muito. Vou triplicar as idas à praia. Vou ser menos azeda. Vou almoçar uma vez por semana com a C. Vou [de novo] a Cabo Verde. Vou comer melhor. Vou voltar a ser perfeccionista. Vou-me apaixonar. Vou fazer disparates. Vou mais vezes à Serra. Vou dormir mais. Vou conhecer novas músicas. Ser mais feliz. Vou fazer voluntariado. Vou ter um jardim a sério. Vou voltar a escrever compulsivamente. Vou encher-me de mimos. Vou voltar a cortar o cabelo. Vou transformar o sofrimento em formato mensal em arte. Vou voltar ao ioga. Vou mudar de país. Vou ter mais atenção ao orçamento. Vou aprender a fotografar decentemente. Vou chorar. Vou mudar de casa. Vou renovar a carteira profissional pelo menos uma vez por mês. Vou acabar o mestrado. Vou terminar todos os livros que deixei a meio. Vou deixar de fumar. Ou não.
Escrito por Carrie às 00:56 4 comentários
Marcadores: Carrie
Uma das senhoras que faz a limpeza aqui no pasquim, as únicas que por cá andam a horas impróprias e fazem de figurantes durante os meus sofrimentos em formato mensal, perguntou-me há pouco se a flor vermelha era minha, que coitada, da flor, estava tão seca e até já tinha flores amarelas, e por isso tinha decidido regá-la. E eu a agradecer, continuo a ser a pior pessoa do mundo para cuidar de plantas, não tenho a culpa que elas não se lembrem de pedir água, uma pessoa tem mais que pensar e esquece-se invariavelmente de as alimentar, e por isso muito agradecida, digo e penso que talvez assim a planta resista até final do ano ou mais alguns dias ainda. Agradeço e penso que a senhora é simpática, não me limpa a secretária, nem a de ninguém à excepção das dos senhores directores, mas ao menos salvou-me a flor. O que não sabia ainda é que a grande %!”$#/& tinha usado o Actual desta semana, aquele que guardei religiosamente para não me esquecer em 2009 dos [melhores] livros que me esqueci de ler em 2008, para aparar o excesso de água que saiu do vaso.
Escrito por Carrie às 11:30 2 comentários
e pode dizer-se asneiras em blogs de família?
Escrito por Carrie às 08:54 5 comentários
Marcadores: Caos, Carrie, Coisas que me tiram do sério, sofrimento em formato mensal
Estar quatro dias na Serra tem também as suas desvantagens. Passar a estar, no regresso, constantemente com fome, mesmo que tenham passado vinte minutos do pequeno-almoço ou uma hora do almoço, é sem dúvida a maior delas.
Escrito por Carrie às 16:33 0 comentários
Marcadores: Carrie
Escrito por Carrie às 22:02 5 comentários
Marcadores: Carrie, Coisas que me fazem sorrir
Nos dias que antecederam o Natal, os portugueses gastaram, média/hora, 7 milhões de euros. Eu nem sabia que havia quantias tão altas...
Escrito por a dona da gata às 18:50 2 comentários
Marcadores: Coisas que me tiram do sério, Samantha assumidamente
Não sei se, nestes dias, consegui ganhar algum dos cinco quilos desejados há séculos, mas não tenho dúvidas que me aproximei escandalosamente da diabetes.
Escrito por Carrie às 21:13 2 comentários
Aposto que mais ninguém recebeu um curso de esqui!
Escrito por a dona da gata às 18:16 4 comentários
Marcadores: Natal, Samantha assumidamente
Voto em Barack Obama para Personalidade Internacional do Ano 2008. E Manoel de Oliveira para Personalidade Nacional.
O primeiro representa a esperança. O segundo, o passado e o que mais pode vir.
Escrito por a dona da gata às 18:13 0 comentários
Marcadores: Samantha assumidamente
Os melhores natais foram sempre em dias de sol, muito frios, de céu azul metálico, muito limpo. Como hoje. Feliz Natal!!!
Escrito por Carrie às 15:07 1 comentários
Marcadores: Carrie
Esta noite as luzes vão acender-se todas ao mesmo tempo. Haverá uma estrela-guia, para o que quer que desejemos. Haverá risos e crianças. Haverá embrulhos e papel pelo chão. Rasgado.
Esta noite haverá fome e gente triste nas ruas. Haverá morte e choro e gritos e lágrimas.
Esta noite poderia ser igual às outras.
Mas esta noite, nasce Jesus. Acredite-se, ou não...
Escrito por a dona da gata às 13:10 0 comentários
Marcadores: Natal, Samantha assumidamente
Falámos 40 minutos. Actualizámos informação. Soubemos pormenores um do outro. O Natal também é isto: perdoar, passar à frente, ser capaz de enfrentar fantasmas. A tua vida distante da minha, os meus pensamentos longe dos teus, mas tantas referências iguais. Como se tivéssemos crescido juntos. E crescemos, a cada Verão. E ficou a promessa de um reencontro, um destes dias. Ou no próximo Natal.
Escrito por a dona da gata às 20:22 0 comentários
Marcadores: Coisas que me fazem sorrir, Natal, Samantha assumidamente
Escrito por Carrie às 15:07 0 comentários
Marcadores: Carrie, Como eu gostava de ter escrito isto
Estou sentada e agarro-me à cadeira. É uma questão de segurança. A perspectiva de passar seis dias sem por os pés no pasquim está a deixar-me em absoluto estado zen. Leve. Se não me seguro corro o risco de sair a flutuar de um momento para o outro.
Escrito por Carrie às 12:23 0 comentários
Marcadores: Carrie, Coisas que me fazem sorrir, Como eu gostava de ter escrito isto
O passado chegou-me este fim-de-semana às golfadas. Sorvi cada momento enquanto retrocedia dois meses, dez anos, 17 anos. Por ordem inversa. Primeiro no Tóquio, com palavras que não entendi ou não quis entender. Mas foi bom repartir uma cerveja, rir desbragadamente, olhar-te nos olhos e perceber porque ficas[te] tanto tempo na minha vida. E hoje, no caos do Chiado em dias de Natal, à procura de presentes de última hora e receber o melhor de todos, em forma de perfume, tanto tempo depois, com o mesmo sorriso, o mesmo olhar doce, a mesma pessoa, que conheço tão bem, que tanto quero, para sempre. E por fim ao jantar, frente-a-frente, reencontrar-me com o passado mais recente e ter a certeza que vai ficar tudo bem.
Escrito por Carrie às 01:40 1 comentários
Marcadores: Carrie, Coisas que me fazem sorrir
Desde sempre. Desde os tempos em que os meus pais escondiam os presentes no roupeiro dos avós. Nessa altura, eu e os meus irmãos esperávamos pelo momento em que ficávamos sozinhos em casa e, pé ante pé, lá íamos à descoberta do que viria no sapatinho. Nessa altura, havia um sapatinho na chaminé. Não sabíamos muito bem que havia um Pai Natal, velhote das barbas brancas que a Coca-Cola terá inventado. Havia o sapato. Todos os dias 24 de Dezembro tínhamos, debaixo da chaminé, em cima do fogão, o nosso mais bonito e querido sapato. Diziam-nos que o Menino Jesus, pequenino - sabe-se lá como - descia pela chaminé e trazia os presentes. Era o dia em que mais cedo acordávamos, o 25. Era o dia de Natal!
Escrito por a dona da gata às 22:39 3 comentários
Marcadores: Coisas que me fazem sorrir, Natal, Samantha assumidamente
O António nasceu. Infelizmente não tenho o dom das palavras da tua mãe para te desejar boas vindas. Mas estou feliz. Muito. Pela Esquizo mais linda, pelo João e pela princesa Carolina.Parabéns!
Escrito por Carrie às 05:00 1 comentários
Marcadores: Carrie, Coisas que me fazem sorrir
Algo vai mal quando, depois [apesar] de trabalhar das 8h20 às 21h00, pensamos que tivemos um bom dia. Pelo simples facto de sair antes das dez da noite, porque tudo correu sobre rodas, sem mudanças, sem guinadas bruscas quando o comboio já está a 200km/h, tudo aconteceu como se de uma engrenagem perfeita se tratasse. E depois há os sorrisos, a partilha, os grilos falantes e o riso desenfreado. E o melhor é que o dia não acabou ainda. Hoje renova-se a carteira profissional.
Escrito por Carrie às 21:10 2 comentários
Marcadores: Carrie
Os dois c’s da minha vida estão transformados em grilos falantes. Não sei se gosto. Tinha mais piada quando uma fazia de anjo e a outra de diabinho.
Escrito por Carrie às 15:02 0 comentários
Marcadores: Carrie
Existe muito de tortura chinesa no toque de um despertador às 7 da manhã. Principalmente quando lá fora está ainda noite cerrada e o dedo grande do pé congela no momento em que sai de debaixo do edredon. É tratamento de choque. Salto da cama no exacto segundo em que abro os olhos, com a certeza de que se os fecho não volto a acordo. Que falto ao sofrimento em formato mensal e provavelmente ao resto do dia. Há muito de tortura chinesa na voz do locutor da TSF que diz, com o ar mais normal do mundo, ‘estão cinco graus em Lisboa’.
Já não é noite cerrada quando abro a porta de casa, mas – de certeza que ali no meio devem estar agentes da Scotland Yard ou Mr. Sherlock Holmes, himself – não veria um elefante à frente nem que o mesmo estivesse sentado em cima do carro no momento em que abro a porta. O resto é a história do costume. Carros, muitos carros, até ter o privilégio de estacionar o carro numa garagem em pleno Chiado. Subir o elevador a dizer mal da vida e do gajo que teve a ideia peregrina de inventar certas coisas. É receber o telefonema do M., diz que sim, que sou eu, sim podemos falar disso, ou então do Benfica, mesmo que o Benfica tenha perdido ontem na Luz, um jogo a que faltei apesar de ter bilhete para camarote, até o Benfica seria melhor do que empréstimos e taxas de juro. Depois são três minutos sentada, como se estivesse de castigo, encostada um canto com orelhas de burro, só que agora tenho uma câmara à frente e um auricular nos ouvidos, testar a voz, contar até 20 ou falar do perfume da Burger King, consta que é de homem e cheira a carne grelhada com um certo toque de Ketchup, esperar até receber o sinal, dizer o que tenho a dizer, rápido, muito rápido, sempre em pânico, as pernas a tremer e a garganta seca. Não demoro mais de minuto e meio, obrigada, adeus, até à próxima, que seja só daqui a uns meses, mesmo quando sei que é já dentro de dias.
Escrito por Carrie às 09:47 4 comentários
Marcadores: Caos, Carrie, Coisas que precisam de solução, sofrimento em formato mensal
Odeio o natal. Não se pode passar rapidamente para o dia 2 de Janeiro?
[estejam à vontade para criticar, insultar ou apedrejar]
Escrito por Carrie às 16:03 5 comentários
Marcadores: Carrie, Coisas que precisam de solução
Chego ao final do dia com 39 feeds e 150 emails por ler. Não sei se o mundo acabou ou não. Não sei sequer como chego ao fim do dia. E também não sei se este dia foi pior do que ontem ou do que o mesmo dia há uma semana. É cada vez maior a sensação de que não controlo nada. Que cada produto final é um verdadeiro milagre.
Escrito por Carrie às 01:02 1 comentários
Marcadores: Carrie, Coisas que precisam de solução
[...] E os sonhos pareciam ter sido sonhados a noite passada, e podíamos até contá-los como uma história de encantar, pudéramos tê-los cantado como uma canção de embalar que se entoa, ao fim da noite, à cabeceira de uma criança que ainda não tem medo do escuro; eles voltaram para nós como se tivéssemos acabado de os sonhar, como se nenhum dano os tivesse infligido ou deturpado: eles traziam em si as metáforas mais bonitas, e nós éramos os heróis em todos os capítulos, a nossa força e coragem enterrava todos os monstros e todas as criaturas grotescas do mal; éramos portadores de toda a esperança do mundo e da justiça também; sabíamos isso, tínhamos acabado de acordar e os sonhos, os nossos sonhos, afinal, não tinham ido a lado nenhum.
Pela melhor escritora da blogosfera. Aqui
Escrito por Carrie às 23:53 0 comentários
Escrito por Carrie às 15:51 4 comentários
Marcadores: Carrie, Coisas que precisam de solução
Dizer não, na próxima vez que for convidada para falar na televisão.
Escrito por a dona da gata às 10:23 3 comentários
Marcadores: Coisas que precisam de solução, Samantha assumidamente, Tragédias
O Padre chama-me à parte. Estado civil? - pergunta. Sei que sabe o que sou. Confirmo. Digo-o em voz alta no interior da sacristia e tudo me parece gelado, a batina que ele então despe, os paramentos que retira devagar, o olhar cravado no meu. E estás a resolver isso? - nova pergunta. Que sim, que tenho namorado, que - quem sabe - casarei outra vez. Não, não será a mesma coisa, perante a Igreja, mas ainda assim quero-o. Volta à carga: E porque não anular o anterior casamento? - terceira pergunta, de rajada. Não. Laconicamente respondo. O aviso: e sabes as regras da Igreja? Sei, não sei eu outra coisa. Gosto de ti na mesma, remata. E penso se será verdade. E penso que a Igreja nunca aceitará o meu divórcio, concluo que não vale a pena insistir, eles que preferem que minta a manter a minha integridade. Tudo por uma imagem. Saio da sacristia a pensar no que nunca terei ousado dizer: que se lixe a Igreja dos homens!
Escrito por a dona da gata às 21:43 1 comentários
Marcadores: Coisas que me tiram do sério, Samantha assumidamente
Baptizei o meu quarto afilhado hoje (afilhada, no caso). E apesar dos estragos no orçamento, dos folares que me deixam na penúria, dos presentes por alturas do Natal, das ofertas pelo aniversário, das prendas no Dia da Criança... apesar destes gastos, e de outros, ocasionais, não há como ouvir a palavra Madrinha. E alargar as relações familiares.
Escrito por a dona da gata às 21:38 0 comentários
Marcadores: Coisas que me fazem sorrir, Família, Samantha assumidamente
Desconfiem quando alguém, com mais de 20 anos, vos diz que come Nutella.
Escrito por Carrie às 18:58 13 comentários
Marcadores: Carrie
Escrito por Carrie às 18:34 4 comentários
Marcadores: Carrie, Fotografia
Dizerem, de Lili Caneças, que é uma actriz!
Escrito por a dona da gata às 22:02 2 comentários
Marcadores: Coisas que me tiram do sério, Samantha assumidamente
Escrito por a dona da gata às 22:55 1 comentários
Marcadores: Samantha assumidamente, Viagens
Mais cedo do que é costume, ergui a minha árvore. Artificial. No topo a estrela vermelha e, por todos os ramos, as bolas e as recordações natalícias que trago daqui e dali. E o presépio, a três.
É oficial: gosto do Natal!
Escrito por a dona da gata às 22:42 0 comentários
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