terça-feira, agosto 21, 2007

Manhã de [des]gosto

Há vantagens em chegar ao pasquim quando as senhoras da limpeza ainda se arrastam de secretária em secretária. Ultrapassada a razão[*] que me leva a estar aqui a horas tão impróprias. E a caminho de recuperar o estado meio zen possibilitado pelo estado de sono e destruído em dois minutos de directo. Consigo voltar ao blog e pensar que talvez seja altura de libertar uns quantos drafts. Ocupam espaço e criam pó nas estantes do blogger. Pois. Mas para isso era preciso que conseguisse dar o salto. Há um que tem qualquer coisa como ano e meio. Nunca viu a luz do dia, pobrezito. Está pálido, magro, enfezado. E não há meio de conseguir pôr-se de pé. Falta-lhe um fim. A coisa começa bem, mas não acaba. Posso sempre optar pela versão cobarde. Não assumir nada. Aplicar-lhe com firmeza umas reticências. Deixar que os quatro ou cinco gajos que ainda aqui vêm decidam o resto. Podia transformá-lo num conto [semi] erótico. Daqueles que já se escreveram por aqui. Um elevador tem grandes potencialidades. Ou posso simplesmente deixá-lo ficar. Esperar Que morra de velhice. Que as traças o ataquem. Que se dissolva e escape entre os dedos ao mais sauve dos toques.

2 comentários:

Rogério Freitas Sousa disse...

suave e de boa leitura...

Isa disse...

ou isso ou esperar, talvez não esperar nem procurar, e de repente, pimba, aí está ele, o fim... n desistas mulher!