Solidão (III)
Andava à procura de um casaco para o Inverno enquanto pensava no e-mail que tinha recebido. Era simpático o que lhe dizia o tal Rui, e acabava com um convite para jantar, naturalmente. Ela ainda não tinha decidido. Primeiro tivera a certeza que valia a pena apostar assim, numa coisa nova, num método moderno; mas depois vieram os receios, o medo de ser uma pessoa demasiado 'dada' aos olhos dos outros, o próprio Rui poderia achá-la leviana por aceitar um convite de um desconhecido, de um homem que se limitara a conhecê-la por umas linhas no seu blog. O vermelho ficava-lhe bem. Era comprido de botões prateados e começou a pensar com que roupa poderia vesti-lo. Fez, na cabeça, duas ou três mudas onde o casaco assentaria perfeitamente e resolveu dar os 99 euros que estavam marcados na manga. Poderia responder-lhe nesse dia. Estava frio e já podia usar uma coisa que lhe disfarçasse as ancas. Sempre tivera complexos por causa das ancas. Mas era uma ideia feita apenas na cabeça dela. Pagou e saiu da loja com a consciência tranquila e uma decisão tomada. Nessa noite iria agarrar-se ao computador!
1 comentário:
Pá, Samantha, avisa lá a tipa antes que seja tarde! De ecrteza que o tipo é um estafermo, gordo, cabelo seboso, bigodinho.
(Espero bem que a ligação dela seja da PT, de certeza que vai falhar e a rapariga safa-se...)
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