O jardim
São Pedro de Alcântara está em obras. Agora passo por lá todas as manhãs. Regalias de quem tem lugar de garagem, ainda que emprestado. Gosto daquele jardim que me faz sempre pensar em sardinhas assadas e no Paul Auster. O gajo que escreve como ninguém e que contou a uma jornalista que gosta de Portugal pelas sardinhas assadas. A entrevista foi dada quando veio apresentar o Oracle Night. Na mesma altura em que passei duas horas na Fnac do Chiado à espera de um autógrafo. Foi difícil de escolher o livro que guardaria a assinatura do mestre. Acabou por ser aquele mesmo. Capa azulada, papel grosso e grosseiramente aparado. È edição da Henry Holt, como são ultimamente todos os livros do senhor. São os únicos que não consigo esperar por ver traduzidos. Os únicos que me fazem quebrar o meu jejum forçado de Fnac. Sei que gosta de sardinhas assadas porque estava escrito na Atlântico. A revista que me levaram à hora de almoço, enquanto eu via a cidade do outro lado da avenida. Tenho uma capacidade extraordinária para me lembrar de coisas absolutamente inúteis. Esta é sem dúvida uma delas. Não foi sequer um dos melhores dias. Estava frio para Junho e o céu carregado de cinzento a ameaçar chuva. Quero voltar a sentar-me naqueles bancos para construir novas memórias. Mas São Pedro de Alcântara está em obras.
2 comentários:
Eu já jantei com ele e passámos o tempo a falar de vinhos e baseball. Eh, eh. :)
muito louco o post, parabens e n páres de escrever. bjs
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