quinta-feira, junho 29, 2006

Ainda o aborto...

Católica, na altura muito praticante, também eu votei 'sim', pela despenalização, em 1998. Nunca fiz nenhum ãborto e espero, claro, nunca ser confrontada com essa situação de ter de optar, e decidir, talvez contra todos...

Mas uma vez, em tempos idos que me conduzem à casa dos 20, emprestei oitenta contos a uma amiga. Ela tinha engravidado, por 'azar'.

Tinha sido um caso daqueles imperdoáveis. Primeira vez, namorado fresquinho, gravidez na primeira relação que, claro, 'apaixonadamente' não tinha sido protegida. Pagou-me em três prestações, o que já dá para ver como estava a vida dela. Já trabalhava e tinha um ordenado - curto, pois - uns pais fora de Lisboa - distantes, pois - e uma casa para manter. Tinha pouco mais de 20 anos e era uma rapariga consciente, boa pessoa e de poucos namoricos (para evitar aquelas teses do 'andam com todos'...

Eu fui confrontada com o pedido. Aceitei sem pensar duas vezes.
Não sei porquê. Talvez por ver aquele pânico todo e não ser aquele o olhar que reconheço numa grávida disposta a ser mãe.

E depois votei sim, com a mesma consciência.

É o que farei, para a próxima.

22 comentários:

Daniela disse...

E como é possível que uma católica "praticante" como diz seja a favor do aborto?? As duas coisas não combinam!!

De qualquer forma espero que a senhora e a sua amiga não consigam dormir descansadas pelo crime que cometeram!! Porque um bebé não é para se ter "só quando dá jeito!". Porque morar em Lisboa sem os pais e ter um namorado novo não é motivo para ser irresponsável e descartar a criança como se nada fosse!!

Porque tudo o que possa argumentar (seja o olhar ou o medo da sua amiga!) não são mais do que desculpas para não ter de assumir que foram pelo caminho mais fácil... nem sempre o melhor!!

Porque com 20 anos já se é crescidinho para assumir responsabilidades e consequencias de actos...

Eu também tenho 20 anos, moro em Lisboa sem os meus pais, tenho namorado e isso não faz de mim abortista...

Se houve proxima vez votarei "NÃO!"

wishiwasspecial disse...

Cara Senhora,

Como Católica muito praticante sinto-me envergonhada por termos a mesma religião. Todo o tempo que passou a "praticar" o Catolicismo de nada lhe valeu ...

"Engravidar por azar" é um óptima desculpa para fugirmos às nossas responsabilidades. Todos somos adultos, todos somos responsáveis ...

Em vez de promover tal acto crimimoso, deveria promover a prevenção, a educação para a sexualidade ...

Nenhum dos motivos que evidenciou são motores para cometer um aborto ...

A minha pergunta é simples:

Consegue dormir todas as noites, desde o dia em que emprestou o dinheiro à sua amiga, sem pensar no bebé que ajudou a matar?

Goiaoia disse...

Ningué, ninguém, ninguém faz um aborto por gosto! Não se faz porque sim ou porque se quer, faz-se quando e porque teve de ser. E depois sentes-te mal. Muito mal.
Votei da outra vez e vou tornar a votar.

p.s. e agora vou ler os comentários e, se calhar, irritar-me.

so manel disse...

CRIME??

Goiaoia disse...

[O teor deste comment é uma agonia. Tanto ou mais do que discutir televisão ou o liberalismo democrático.]


Cara Madalena e cara Daniela,
Antes de mais, tenho para mim que "antes um bom muçulmano do que um mau católico". Mil vezes. Paz na Terra aos hoMens de boa-vontade!
E isto apesar de considerar que foi Cristo o homem que nos trouxe a mensagem. E a mensagem é Amor. “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!” Amor desinteressado, amor por ti próprio, amor ao próximo. Amor 'tão forte, 'tão forte que numa lei erradicou todas as outras. Um só mandamento substituiu todos os outros dez que proclamavam que não isto e não aquilo mais aquel'outro; e tudo o resto era proibido. O Novo Testamento surgiu para que se mandasse o antigo fora (Descartem-se dele e das lógicas de Tabelião.).
Agora reparem no seguinte: Vocês não seguem Cristo, vocês seguem são Paulo, vocês seguem são Pedro e todos os que edificaram um edifício em torno de Cristo, na crença de que a verdade que defendiam detinha valor universal. Católico significa Universal, como decerto saberão.
E há aqui uma presunção muito perigosa. Muito perigosa, inclusive, para os valores de liberdade, fraternidade e igualdade que possibilitaram o desenvolvimento do livre arbítrio (O livre arbítrio é o que nos vale, é o que faz de nós homens com M grande.). Reparem bem. Há uma cisão no mundo cristão, porque o Vaticano se recusa a reconhecer legitimidade aos Patriarcas das outras seitas cristas. Crê o Papa ser o único que pode falar por Deus Filho na terra. O único intermediário no universo, o único representante legal. Acham razoável? Acham que os cristãos Coptas e os Ortodoxos estão muito enganados? Que são muito folclóricos? E os protestantes? Acham que são uns parvos, que não percebem nada disto, que têm má vontade? Pouco importa. Vocês não seguem a Cristo, seguem o indivíduo que diz que o segue. Confuso não é? Também acho.

Ama o seu vizinho? Ama os que lhe são estranhos? Olhe que são seus irmãos. Eram irmãos de Cristo, deveriam ser seus. Pensa que, se Cristo voltasse hoje, seria um homem diferente, que iria tomar mais cuidado com as companhias, sei lá, evitar os sidosos, os que têm hepatite e que arrumam carros quando num pedem trocos. Era capaz de ser irmã deles? Madalena, Daniela? Se não são irmãs porque é que querem ser mães dos outros, paternalistas, porque é que julgam que sabem melhor do que cada um sobre a sua vida. Porque é que se arrogam à pretensão de julgar saber o que é melhor para cada um que não sois vós? Porquê? Acreditam que se salvam ou que salvam os “outros”. E quem são os outros, já agora? Onde moram, em que condições, quantos filhos têm, em que escolas é que andam. Vão juntos à missa? Levam os vossos filhos às manifestações e fazem-nos empunhar uns cartazes com uns fetos esfrangalhados com um sinal de proibido em cima e dizeres “sim à vida”? E, já agora, certificam-se que estão bem penteados e melhor aprumados? E chegam e saem de carro? Essa coisas…
A arrogância, a Arrogância… minha Deusa!

Alguma vez meditaram neste poema?

«Salvé, Maria cheia de Graça
Bem dita sois vós entre as mulheres
e Bendito é o fruto do V. ventre, Jesus.
Santa Maria Mãe de Deus,
Rogai por nós pecadores,
Agora e na hora da nossa morte.»
Assim seja!

Vêem-se como pecadoras? Pecam? E é em consciência que Lhe rogam que interceda por vós? Agora(!) e na hora da vossa morte (muito importante, para lá da hora da vossa morte, até ao dia do Juízo Final, acreditam nisso não acreditam? Porque é a única coisa que se aproveita no catolicismo. O Juízo Final, aquilo que vos põem cabresto, vos refreia. O temor de um Deus da Fúria. O Deus Irae, aos pecadores espera-os um eterno ranger de dentes, cuidado com a punição divina.) É? Olhem que há muitos pecados. Um deles é o da ingerência na vida alheia. Nas vidas que vos escapam, ou das quais vocês nem sequer querem saber. Ou querem-me convencer que compraram um telemóvel vermelho para acabar com a pobreza em África? O que sabem vocês de África? Da história das mentalidades africanas (vá lá, nem vou muito longe) do século vinte? É que posso-vos contar qual é a Vantagem útil, prática e directa (em suma, pragmática) em “não” permitir o aborto na religião católica. Trata-se de uma guerra demográfica. Esperem aí, em Caps Lock: DEMOGRÁFICA, num fossem vocês fazerem confusão. A situação alterou-se um pouco no último decénio mas, em África grassa a pobreza e a corrupção. Os líderes são católicos, e entre as franjas mais pobres progride o Islão. O Islão avança ao kilometro por dia. Mas antes de isso acontecia que na Europa já se borrifou praticamente tudo para o Vaticano. Sobra-lhes muito pouco (bem, enfim… esta geração de fins de 80, 90 é um pouco maluca.) Resta-lhes a América Central e a do Sul, África e as Filipinas, coitadinhas. Num podem, nem devem perder território nem influência nessas bandas. Crescei, pois, e multiplicai-vos. Façam de nós muitos, façam de nós mais qu’ós outros, mais do que às mães.
Nas Américas há a competição ferocíssima dos Tele-Envangelistas de proveniência Anglicana, protestantes que num passam cavaco ao Papa. A ver se a Igreja Universal (tão a ver??, Universal! É fácil, num é?) do Reino de Deus paga dizimo ao Papa, é o pagas! E vão lá vão, já viram a fortuna que fizeram em tão pouco tempo? Imaginem os católicos, porque é que será que recorrem a todos os truques e artimanhas possíveis para não perder influência, poder? Porquê? Por amor a mim? A si? Ao próximo? Desinteressado? A sério?
E agora, vamos lá ver… a batalha está a ser perdida. E nem é culpa dos católicos praticantes, coitadinhos, os outros é que são mais e maus, ou mais maus. Ou bons. Em África desertam que se fartam e nas Américas igual. Por isso é que se fala de um Papa Latino ou Sul Americano. Num é porque somos bonzinhos e agora é a vez deles, isto num é as Nações Unidas. É só para recuperar élan. Força! Prestigio, ascendente.
É óbvio que num se podem desmobilizar as “forças” aqui na Europa. Uma religião dois sistemas só na China e eles dispensam. E então mobiliza-se a comunidade católica (alguma de vocês percebe peva de sociologia?) e formata-se-lhes o cérbero (alguma de vocês percebe de direito? E retórica?). Só isso explica os vossos dementes discursos.

Na china teve de se implementar a política de um casal um filho. Foi uma profunda alteração nos costumes, com consequências dramáticas mas resultados que saltam à vista. Estima-se que em menos de vinte anos a Índia vai ultrapassá-los em número de habitantes. Na Europa num foi necessário instituir politica nenhuma, facultou-se a tecnologia e foi um ver se te avias. Neste momento temos 0.75 filhos por casal. Num é um estrondo? E sabem que mais? Os emigrantes ajudam e de que maneira a inflacionar as estatísticas (Isto, a mim, só me dá vontade de rir, palavra de honra. É que é muitíssimo bem feita!).

Mas agora estou mesmo a ver, no dia do referendo hão-de sair dos lares e de suas casas todos os velhinhos que já nem quécam nem querem que se queque, mais ós católicos apostólhicos e os romanos todos juntos a não permitir que os “hippies” que vão para a praia num dia desses façam o que muito bem entenderem. Num senhor. “Estamos cá nós que não deixamos”. E depois, suas cabras, a chamarem de criminosa e sem vergonha à autora do post… Olha que francamente. Ao fundamentalismo que vocês chegaram. Gente adulta e informada, a fazer chantagem emocional. Que vergonha!


p.s. Num é a FAVOR do aborto, suas avantesmas, é a favor da sua despenalização. É a favor da opção por um mínimo de condições dignas de nascimento e formação. “Aquilo” que tenho certeza que vocês julgam poder ou vir a poder facultar aos vossos filhotes (e já agora que sejam muitos, gordinhos e felizes. E que os façam por onde vos der mais gosto!) Quiseram e querem fazer os vossos filhos por e no meio de amor, num foi. E agora imaginem… Uma outra vida. Sem horizontes, sem amor, sem confiança, ao abandono, de si, dos estudo, da rua, a machadada na adolescência, ou mesmo na infância. Uma rapariga de 15, 14 anos ainda é uma criança, desculpem-me mas é! E há tantas. Eu trabalho com escolas. Sei que há meninas a engravidar aos doze. O que é que vos parece? O que é que falhou? Foram as pecadoras de doze anos, foram os pais (ahahahah! Se fosse tão simples.) foi o sistema?, qual sistema? O vosso, o nosso ou o “deles”, o dos “outros”? que não sabem… coitadinhos! E se for uma mulher adulta funcional e integrada. O que é que tu sabes? O que é que eu sei? Quem sou eu para poder reduzir o âmbito de possibilidades que se colocam ao seu dispor. QUEM SOU EU? Para determinar e condicionar a vontade dos outros
p.s.s. Certo! As vossas primas não abortam, desmancham. Tipo, vão ali fazer um desmanche. Sei lá, a Londres ou a uma clínica espanhola. E, com um bocado de sorte ainda aproveitam as “rebajas”, que é para curar a neura. E bem precisam. Coitadinhas. Mas a não despenalização do aborto (em e numa porrada de circunstâncias condicionamtes, num sei se leream sequer o diploma. Eu não, mas imagino.) vai compactuar com a indignidade e precariedade dos seres humanos que necessitem de recorrer a serviços ilegais. Num vos choca, irmãzinhas? A mim choca. Coitadinhas das meninas que vão parar a “clínicas” de vão de escada. Coitadinhas…
p.s.s. Agora e sempre me fez impressão a condição de beato. O que crê porque crê. A Fé é um acto voluntário de crença em algo que é improvável (perdão) que num é provável. Eu faço fé que dista daqui ao Porto 300 km, li algures, e acredito. Deus me livre de ir medir a distância para confirmar que se trata de um facto. Acredito porque sim, porque me facilita a vida, assim como aceitar que a China existe. Mas os beatos, dizia eu, sempre me fizeram muita impressão. Para começar, porque, apesar de ter assistido a algumas missas nunca mas nunca aprendi ou dominei aqueles códigos todos mais às ladaínhas e as genufleções. As ladaínhas, então, eram do pior: metralhavam-nas! Cuspiam-nas (desculpem a imagem) cá para fora a uma velocidade impossível de acompanhar, quanto mais o que diziam. Sempre me interroguei, será que sabem o que dizem, será que entendem o que falam.

a dona da gata disse...

Eu durmo descansada todas as noites por ter ajudado uma amiga numa situação que era, para ela, terrível. Não me arrependo. Sou católica mas não sou fundamentalista - ou vão dizer-ne que cumprem à risca as imposições do Vaticano, nomeadamente as que se referem à vida sexual???? - não sou a favor do aborto. Sou a favor de uma escolha que pode melhorar a vida de quem vive e de quem já escolhe. É um erro? É a minha convicção. Não é por ser católica que deixo de pensar com a minha cabeça.

Ah! Já agora... Também sou divorciada, e não escolhi eu esse estado civil. Talvez esteja na hora de a Igreja me excomungar. Ou não será preferível tentar perceber os problemas dos outros antes de julgá-los?

Sem ressentimentos.
Agradeço opiniões, venham de quem vierem. Contra ou a meu favor.

De resto - Manuel das Couves - o Referendo só surge por questões políticas. Porque as mais difíceis opções prejudicam o elitorado. E assim, numa matéria tãomdelicada e dividida, fica o povo responsável, porque 'escolheu'.

É quase tão injusto quanto fazer um aborto. Ninguém quer...

Daniela disse...

Caras senhoras,

A questão do aborto não pode ser diminuido a uma questão apenas da Igreja Católica... é um problema social e, como tal, deve ser distanciado de qualquer religião.

Referi-me ao Catolicismo porque a senhora Samantha também se referiu...

´De entre as várias coisas que não admito, a falta de respeito é uma delas... Nada do que escreveu tem sentido... deveria ler o Diploma para só depois falar.

Como é possível dissociar o aborto da sua despenalização. Por acaso a senhora sabe o que significa?

Sou assistente social e sei bem quantas "crianças" engravidam... Contudo, existem opções bem melhores para toda a sociedade do que o aborto.

No que se refere à Igreja Católica a senhora é uma ignorante no assunto, pois nem sabe o que é realmente defendido ou não.

Daniela disse...

Só para terminar...

«É quase tão injusto quanto fazer um aborto. Ninguém quer...»?? Não compreendo esta afirmação... só faz quem quer, não é imposição!! Não é a única saída!!

Anónimo disse...

A Sra. Daniela, a Sra. Madalena e outras que tais, que gostam tanto de dormir com a consciência tranquila, conseguem-no fazer sabendo que em nome da fé (?????) a igreja católica tem vindo a cometer os mais hediondos crimes contra a Humanidade desde há séculos até esta parte? Conseguem-no fazer sabendo que ainda no século XX estiveram ao lado do maior monstro que o planeta já conheceu e retiraram dividendos disso (e retiram ainda)? Deixem-se de hipocrisias... Se as senhoras querem de facto dormir descansadas, convertam-se! E deixo-vos já uma opção - A Igreja Sagrada Do Meu Pipi. O pastor anda desaparecido mas um destes dias volta.

Anónimo disse...

acho de mt mau gosto estar a trazer para este debate esse ser ignóbil que é o autor do meu pipi

Anónimo disse...

Com todo o respeito lhe digo Sr. anonymousE, que ignóbil é vossa excelência!

Sobre as católicas praticantes, rezam assim as Encíclicas Pipianas:
"Dentro de toda a cueca praticante encontra-se uma genitália ávida por praticar".
O que quis o Senhor dizer com isto? Muito simples. Nesta pequena frase o Mestre consegue mostrar a repressão emocional que condiciona a católica praticante na sua vida sexual e consequente performance. Podemos então concluir que, retirada a repressão, temos nas mãos uma bomba sexual. O que é verdade e os estudos comprovam. Pelo menos os meus. E com base nesses estudos posso afirmar que a potência da bomba aumenta quanto mais afastada estiver do leito conjugal, quando este existe (acho que chamam isto de adultério...).

Anónimo disse...

Eu espero bem que as sras católicas que aqui apareceram ainda tenham relações sexuais com os vossos parceiros ainda de camisa de dormir até aos pés p bem do vosso catolicismo!

Samantha grande contra-resposta, PARABÉNS!

Goiaoia disse...

O Goiaoia tem pila! E preferia ir pela 1.ª vez às "meninas" do que continuar com este assunto cretino.
E ainda assim, está mesmo a ver que discutir alguns assuntos com a senhora assitente social deve ser só rir. Por acaso até gostava de a ver a defender a Igreja católica. E dava-lhe, assim... duas horas de avanço só em tempo de antena para ouvir todos os seus argumentos. Nem interrompia com gargalhadas nem nada. Tudo no maior respeito, claro. Agora, quem me convertia em cinco minutos, e de caras, era @ "só para terminar o tanas!!!": «That would be a mass that I wouldn't miss, Miss.»

Só tenho pena... de que as católicas de serviço tenham queimado os fusíveis antes de chegar ao fim da minha humilde epístola. Porque eu falo, falo, falo e vocês num dizem nada. Ou melhor, dizer somente: «é uma ignorante no assunto, pois nem sabe o que é realmente defendido ou não.» num chega nem vale. Coito! (posso dizer coito?) Sei lá, ataquem-me com coisas concretas. Adiantem-me aí um argumento que sustente a prova da minha ignorância em assuntos Catolhícos. Vá lá. Só um pequenino. Que é para ver se isto se torna mais divertido, se ainda nos conseguimos sorrir. Agora todos, mais @ «Só para terminar o TANAS!!!», cada um na sua mas juntos e de mãos dadas a cantarolar hossanas e novenas, mais o beijo de Cristo.

Agradeço-vos antecipadamente o esforço que de se manterem como "bombos de festa", hilariantemente me subscrevo
o V. Goiaoia

Goiaoia disse...

««Ninguém quer...»?? Não compreendo esta afirmação.»
áh! Não compreende porque é limitada! Ao fim ao cabo, um pré-requesito para se manter católica para toda a vida e até morrer, e que depois os anjos a acolham e a levem para o céu (se merecer, tem a certeza que merece? acredita que vai ser "salva"? Sabe que se tivesse nascido na indonésia era muçulmana, que a relegiãozinha a que se apega é fruto de um acidente cultural? Não! O Senhor Deus predestinou-a a nascer em Portugal de modo a que pudesse ser uma boa praticante, num é? E se tivesse nascido na Algéria, por obra e garça do Espírito Santo acabaria por se converter, por ver a "luz" que cegou São Paulo.).

áhch! Chega, tenho mais que fazer

so manel disse...

Goaiaoia:
De pé o aplaudo!
clap clap clap
Manoel das couves:
Voce deve ser um grande azeiteiro!
Não conspurque o nome Manuel...utilize só e apenas das couves.
Beatas:
Façam algo de produtivo na vida.mais que não seja...copular e de luz acesa, sem pudores,experimentem coisas novas,e depois apareçam.
Samantha :
tás em grande!

so manel disse...

anonymous:
Tenho tropeçado nalguns comentários seus em várias "casas" e francamente quem se esconde por detrás do anonimato é suspeito ou cobarde...
e por acaso já Leu o meu pipi?
posso recomendar-lhe bastante literatura similar onde poderá -tentar-aprender a rir...mais que não seja de si mesmo!
cunprimentos

Anónimo disse...

ó so manel,
eu não me lembro de te ter dirigido a palavra?!

para que fiques esclarecido, o meu anonimato é relativo. para gajos como tu que eu não conheço de lado nenhum sou anónimo e continuarei a ser. no entanto garanto-te que uma das senhoras que contribui para este blog me reconhece e isso para mim basta.
quanto a comentários meus que tenhas visto noutras casas é um engano teu. não frequento outras casas e muito menos deixar comentários. pouco observador, portanto.
conselhos de leitura?! quem és tu para mos dar?!
E quanto a rir-me podes estar descansado. rio-me de pseudos como tu que acham que me ensinam a rir.
cheira-me q és daqueles parvalhões q acham q a vida se passa no monitor e portanto valorizam essas coisas do anonimato e as identificações "virtuais".
GET A LIFE SUCKER!

Anónimo disse...

O aborto não é um assunto sobre o qual o Mestre se pronuncie directamente. Da sua grande e soberba sabedoria, expressa nas já citadas Encíclicas, retirei estas palavras:
“Na procura de pito fácil e chavascal garantido, acerca-te das casas onde se pratica o aborto clandestino. As seguidoras de Cristo são lá presença frequente e sabes bem as diabruras de que elas são capazes. Entrega-lhes um cartão com o teu contacto e aguarda o período de convalescença.”
“...não busques as casas de desmancho em terras castelhanas. Também lá encontrarias um esconderijo de abertura fácil para alojares o barrote, não fosse a companhia das senhoras o seu choffeur ou segurança pessoal.”

Anónimo disse...

Ó Sô Manel
deixe-se lá de merdas e sirva-me o café fachavor!

(este anda masé muito desocupado!)

Carrie disse...

Seria engraçado ver como este post ganhou vida própria se não fosse dramático.

Daniela e Manuela, Realmente é preferível seguir todos os preceitos da igreja católica. Não usar preservativo, [com a agravante que se permite que a Sida se propague – é bem feito! Quem os manda ser pervertidos?] –, nem usar a pílula. O que conta mesmo é por crianças no mundo para serem maltratadas sem que exista amor para as criar. Por crianças no mundo que depois acabam mortas como a Vanessa ou a Joana [e estes são apenas os casos mais mediáticos...]. A senhora assistente social devia passar a ir ao terreno. Experimente. Vai ver que, à falta de uma política de planeamento familiar coerente e efectiva, as crianças são mal tratadas, não recebem a educação que merecem, e muitos vezes nem a alimentação básica. Mas venham a nós as criancinhas!

Nunca ajudei a pagar um aborto. Mas já ajudei a encontrar os caminhos necessários para resolver uma situação que provavelmente acabaria com a morte da mãe e da criança, só porque um atrasado mental qualquer se recusava a aceitar o divórcio e ameaçava de morte a ex-mulher que decidiu seguir com a sua vida. Garanto-lhe que nessa noite dormi de consciência muito mais tranquila por saber que provavelmente ajudei a salvar aquela mulher.

E não é quem quer que faz um aborto. É quem não tem alternativa.

Goiaoia, Eu estou em pé a aplaudir ao lado do sô manel.

Manoel, na minha humilde opinião, a regionalização ou a adesão à CEE não são comparáveis ao aborto. Tratam-se de decisões com uma forte componente política, enquanto que o aborto [bem como os outros casos que refere] tem uma componente social/moral muito grande.

Samantha, nem é preciso dizer que estou contigo.

so manel disse...

Carissimo anónimo:
Terei todo o prazer em servir-lhe 1 café...onde quiser...até pelas trombas abaixo...ou pelas trompas de falópio...se as tiver.
por acaso até tenho 1 vida muito própria e activa...até demais. Talvez por isso não me encontre tantas vezes agarrado ao monitor...por estar demasiado ocupado. Mas confesse...ficou enraivecido,furioso e aparentemente ameaçador...o que me diverte imenso. Da forma como se me dirige me leva a crer que acusou o toque-o que era o meu objectivo!-Acabou por se definir!
Para terminar tambem conheço 1 das senhoras que contribui para este blog.
HAVE A NICE DAY!

Goiaoia disse...

[tenho de postar este cómante]

cão com pulgas disse...
Vidas de cão

A Clara ia fazer, dia 8 de Agosto, 25 anos. Alegre, sempre alegre. Terminou o curso e começou a trabalhar. Vivia há seis meses com o namorado e tinha o casamento marcado para Março de 2007.

A Clara ficou grávida há pouco mais de um mês. Ela e o Paulo conversaram sobre o assunto e, nesta fase, ambos a iniciarem as suas vidas profissionais, um bebé "não vinha nada a calhar".

Foram os dois a uma parteira conhecida de uma amiga, para a Clara fazer um aborto.

O funeral da Clara foi há dois dias.

Podia aqui escrever imenso acerca deste assunto. Sinceramente, neste momento não me apetece. Esta notícia chocou-me tanto, mas tanto, que vou aguardar que o nó na garganta me passe e, depois, retomá-lo-ei. Até pela Clara, por todas as Claras que ainda podem morrer neste país de hipocrisias instaladas.

Vergonhoso.