Tenho a vida de empantanas [*]
Leia-se o amortecedor do carro está a pingar. A garantia a chegar ao fim. O seguro não está pago. Podia ser pior. Tenho o seguro do carro na família. Só assim consigo que me enviem a carta verde ainda antes de pagar um tostão. Não por falta de dinheiro. Ainda que este não abunde. Mas pela incapacidade de me lembrar que devia ter informado a mudança de morada. A factura deve andar por ai. Algures entre Lisboa e a Serra. Um dia destes deve voltar ao destino.
Faço listas intermináveis de coisas por fazer. Num [raro] acesso de responsabilidade para o resto da minha vida. O resto da minha vida é aquela que teoricamente existe fora do jornal. Estou a ser injusta. Há vida e há pessoas que me aturam. Que me apaparicam. Mimam. Acaba aqui o aparte para poder continuar a queixar-me da vida. Estou a meio da lista de ‘to do’ para hoje. Tem tudo a ver com o carro. O peugeot que faz um ano. Que perde a garantia dentro de dois dias. Que tem o desplante de ter um amortecedor furado. E a oficina sem hora para me aturar. A concorrência vai emprestar-me um carro para substituir o meu. Tudo graças aos bons ofícios da minha eterna estagiária. Amanhã fico sem carro. E com a vida ainda mais empantanas.
[*Em versão post-em-diferido. Ontem não houve tempo para acabar]
Sem comentários:
Enviar um comentário