Tóquio
Ou como passar uma noite a rir à gargalhada até doerem todos os músculos do abdómen. Tricotar várias camisolas, numa secção de corte e costura, enquanto se dança até cair. Perceber que os Xutos escreveram a música que pode ser o meu hino de todos os didiários: A qualquer dia / A qualquer hora/ Vou estoirar, para sempre. Ter várias pessoas a apontar para mim quando a música começa... Compreender que não estamos sozinhas no escárnio e maldizer. Que há muita gente mal-fodida. Que se não o fossem a nossa vida seria mais fácil. É o mesmo sítio de sempre. Em versão melhorada pela necessidade urgente de sair de mim. O sítio onde, como diz a C., renovam a carteira profissional. ‘Quem quiser saber quem sai e quem entra dos jornais, só tem que passar por cá à sexta-feira à noite’. Um rés-do-chão mal amanhado, apertado, sem ventilação, de onde saio empestada de fumo, mas com o maior dos sorrisos. Deito-me cansada, mas feliz. Tenho que fazer isto mais vezes.
3 comentários:
Ainda há vagas para cansaços assim?
;)
Naquela noite, o XauXixa não dormiu, de certeza... Sabe bem exorcisar.
A. Acho que vou impôr aqui na secção como trabalho de casa para todas as sextas-feiras.
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