domingo, setembro 11, 2005

Almost a Perfect Day 2

Eu sei que isto é uma cena de gajas, do tipo bolinha-não-entra. Também sei que nenhuma de vocês percebe porque raio gosto de futebol, mas a verdade é que gosto.

Confesso que não entendo muito de futebol, raramente percebo porque é falta, já para não falar em foras de jogo, e que este ano ainda não sei sequer o nome de todos jogadores do Benfica (das outras equipas nem sequer tento). Mas dá-me gozo ir ao estádio, mesmo nos dias em que tenho que sofrer a humilhação de entrar na casa de banho pública da segunda circular (sim, sei que a piada é fácil, mas não deixa de ser verdade!), e sofro (uma vez na vida sabendo a razão!) até estar perto do ataque cardíaco, muito mais do que estando em casa sentada no sofá.

Seja como for, derby é derby, e eu, que tenho pavor a multidões, principalmente com potenciais hollings – e ontem eram muitos, todos vestidos de verde –, ganhei coragem e aventurei-me por terras do inimigo, sentindo-me protegida pelo M.B. (gargalhada) e com a companhia da S. e da R.T. A desgraçada da S., além de ter o azar de ser casada com o M.B., é do Sporting e teve que aguentar o jogo sentadinha ao lado de três benfiquistas, qual deles o mais doente (assim à primeira vista, ou pelo menos ao primeiro jogo, diria que é a R.T.). A sorte da S. é que o Sporting ganhou...

A verdade é que, apesar da dupla humilhação, me diverti à grande até ao segundo golo do Sporting. Aí, além de perder a esperanças, perdi também a calma. Salvou-me já ter descoberto uma vítima. À minha frente estava uma loura, do tipo galinha-histérica, que saltava por tudo e por nada, falava altíssimo com alguém que estava umas filas mais atrás e abanava o rabo-de-cavalo, qual Esparguete a dar à cauda depois de uma sessão de festas, insistentemente. Era uma verdadeira tia de Cascais, desculpem da Quinta da Marinha (esta é para não ferir susceptibilidades de uma certa pessoa que desconfio nunca mais entrou neste blog, mas pelo sim, pelo não...), que, segundo da R.T., tem um nome com tantos apelidos, cada um melhor, ou pior, dependendo da perspectiva, que o outro, que na universidade ocupava duas filas da pauta. Dizia que já tinha descoberto a minha vítima... A R.T. já tinha sugerido colar-lhe a pastilha ao cabelo, mas era coisa para dar bandeira. Mas a cabra (pardon my french) estava a pedi-las. A meio de um quase 2-2 por parte do Benfica dei um salto da cadeira com a garrafa de água na mão. E não é que um bom bocado de água saltou da garrafa direitinha para a cabeça da tia. Ensaiei o meu sorriso mais cínico, disse desculpe, e continuei a ver o jogo. Foi remédio santo, a tia mexeu-se mais uma ou duas vezes na cadeira, desta vez para aconchegar o casaco ao pescoço, com um ligeiro abanar de ombros do tipo arrepio de frio, e eu senti-me vingada da humilhação. Ou pelo menos achava eu.

Esta manhã, logo pela fresquinha, porque vingança nem sempre se serve fria, recebo um telefonema da Serra. Mãe: Tenho aqui uma pessoa que quer falar contigo. Eu: Não quero falar com ninguém. (silêncio) Pai (parênteses para dizer que o meu pai nunca pega num telefone a não ser em casos de vida ou de morte): É só para te dizer que hoje acordei cedo, andei aqui às voltas e não encontrei nada vermelho. Já estão a ver o filme? Eu sou do Benfica porque o meu pai era/é do Sporting, e agora tenho que levar com isto. Ok, concedo que ele até pode estar feliz. Mas eu sou filha dele, sangue do seu sangue, é suposto ele apoiar-me nos momentos mais difíceis e não espezinhar-me quando eu já estou ferida de morte no chão, certo?

Já perceberam o título?

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu não ligo nenhuma a futebol, mas digo que sou do Sporting porque o meu pai é do Benfica... só porque sim, para irritar, para meter nojo, para o fazer maldizer o dia em q me teve! E quanto mais ele esperneia mais me esforço por ser convincente, debitando opiniões sobre o assunto, que consigo improvisar graças às pirraças clubísticas entre amigos a q vou assistindo uma vez por outra para reunir "material-com-que-lixar-o-juízo
-do-rei-dos-benfiquistas", a.k.a. o meu pai. Enfim, admito que seja infantil mas prefiro encará-lo como recompensa tardia por todos os fins de tarde em que não puve ver o que queria na televisão e quase fiquei com os tímpanos perfurados pq ele estava na sala aos gritos com o glorioso... ;)

Anónimo disse...

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