domingo, dezembro 11, 2005

Bilhete de Identidade

Não gostei do que li na pré-publicação feita pelo Público. Não gostei da escrita, que achei um tanto ou quanto infantil, pouco ao estilo do que Maria Filomena Mónica nos habitou. Não gostei da exposição da privacidade. Chocaram-me, confesso, as referências a terceiros, sem que isso violasse um pressuposto de intimidade que ela terá construído com eles. Desconfiei do interesse que pode ter a vida de uma mulher de 60 e poucos anos, que por muito que tenha alcançado enquanto académica, socióloga e historiadora, não é mais do que isso mesmo. Vi depois retratadas, de forma mais ou menos elaborada, todas estas ‘críticas’ em vários blogues e excluí definitivamente a hipótese de ir à FNAC buscar a etiqueta do ‘Bilhete de Identidade’ para juntar à lista de compras para depois do Natal.

Foi o artigo da asl ontem no ‘Mil Folhas’ que me fez mudar de ideias. Além de uma escolha inteligente de citações, a frase final do artigo - “O auto-retrato de Filomena Mónica será, a partir de agora, bibliografia indispensável para a reconstituição de uma época. Perante a enormidade do feito, a polémica em curso na blogosfera e na imprensa sobre a "legitimidade" da revelação dos casos afectivos é, seguramente, uma questão menor.” - convenceu-me. Hoje é a custo que fecho o livro para ir dormir...

PS: Quanto à escrita, percebo agora que foram infeliz as passagens escolhidas para a pré-publicação.

3 comentários:

Anónimo disse...

Ver Público pag 42, primeira coluna.


FTA

Carrie disse...

Só para esclarecer que esta Carrie não é interpretada pela Sarah Jessica Parker. Em comum temos apenas o glamour, a inteligência e uma escrita digna do Pulitzer (além da modéstia, claro!). Dito de outra forma, não sou loura, nem tenho olhos azuis. Temos pena…

. disse...

Sarah, ups, Carrie,
ainda bem q mudaste de ideias, o livro vale mesmo mt mt mt a pena :)
E ainda melhor q voltaste às escritas Pulitzer, desta vez é esta gerência do lado de cá q agradece!!
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