Plágios
Talvez por defeito profissional sou altamente ciosa do que se costuma chamar direitos de autor. Além de ser o reconhecimento do trabalho de cada um de nós, a assinatura de uma fotografia (as que aparecem neste blog, não estando assinadas foram feitas por cada uma de nós, ou como diz a Charlotte são do nosso espólio pessoal), obra de arte, livro, trabalho de faculdade, whatever, responsabiliza-nos perante o (nosso) público.
Se há coisa que não tolero são plágios. É certo que, se a coisa vai acontecendo de forma mais ou menos encapotada em trabalhos de faculdade, já no que toca aos trabalhos que chegam ao conhecimento do grande público a história é outra. Lembram-se do artigo da Clara Pinto Correio sobre Vaclav Havel?
Pela parte que me toca, recuso-me a assinar um trabalho em que a minha colaboração não vá além de um simples telefonema, da mesma forma que aceito cair no ridículo de no topo da prosa virem três linhas exclusivamente dedicadas aos autores. Como diz a sabedoria profissional, ‘o seu a seu dono’.
Hoje pediram-me um trabalho que descobri já ter sido (bem) feito por outro colega. Ctrl C/Ctrl V/Ctrl S e está o assunto despachado. Mas como no caso até exigiu algum trabalho de edição, acabei por pedir ao autor que revisse o texto, já que no final iriam aparecer as suas iniciais e não as minhas. Fiquei mal vista perante os meus chefes por não ter feito um trabalho? E então? Siga para bingo que há mais páginas para encher.
Ontem aconteceu uma situação idêntica. Com a diferença de que a autora do texto inicial era eu. Quando disse à pessoa que estava incumbida de fazer novo trabalho sobre o mesmo tema “usa e abusa”, nunca esperei que seguisse as minhas palavras à letra. Hoje o texto sai publicado palavra por palavra, vírgula por vírgula, acento por acento, como o tinha escrito há umas semanas atrás. Pronto, pronto, tinha uma frase de abertura diferente... só que no final não estava assinado Carrie.
“Fico chateada! Pois claro que fico chateada!”
3 comentários:
Na semana passada aconteceu-me isso. Tal e qual... quero dizer: usaram o meu texto tal e qual. Frases daquelas que só ficam bem na voz de quem as escreveu, sabes? É a vida! E mesmo que esteja a citar alguém, assumo este desabafo como meu.
A dra. importa-se de ir para casa que isto não são horas? Será que é preciso ir ai buscá-la por uma orelha?
Isso, minha querida Carrie, é falta de profissionalismo e de carácter. Será, como diz a Samantha, a vida? Não acho que a vida tenha de ser assim... mas se calhar sou demasiado idealista, já me têm acusado disso.
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