É Natal
O Natal chegou ontem a minha casa. Ficou linda a árvore de Natal, as bolinhas azuis e a fita prateada comprada a correr no Corte Inglês. Mas a minha árvore mono-temática é um pinheiro artificial e eu tenho saudades dos tempos em que comprávamos um abeto natural, enfiado num vaso que depois transplantávamos para o jardim. Alguns ainda sobrevivem, um é a árvore mais bonita que os meus pais têm na Serra. Ontem, enquanto me sentia impotente para encaixar as peças do puzzle que fazem a base do pinheiro artificial, evocando as mais terríveis pragas sobre o gajo (só pode ter sido um homem, qualquer mulher teria feito algo bem mais simples) que inventou tal suporte, ainda vesti o casado decidida a sair para cumprir a tradição familiar. Desisti antes de pegar na chave do carro, onde dificilmente conseguiria encaixar um pinheiro. No meio destas andanças dou-me conta que este ano não haverá Esparguete para deitar abaixo as bolas da árvore, que já não preciso de fechar a sala, que ninguém era comer as folhas plásticas do pinheiro artificial para depois as vomitar em cima do tapete. Tenho saudades do Esparguete e apetece-me interpor uma ordem judicial para que se cumpra a guarda conjunta durante a época natalícia.
Sem comentários:
Enviar um comentário