quinta-feira, dezembro 22, 2005

Sonhar acordada

Acho que foi um sonho, mas ainda agora não tenho a certeza. A luz a pestanejar no branco dos lençóis, depois substituído pelo vermelho do tapete, não fumo no quarto, nunca fumo no quarto. Os cigarros procurados às apalpadelas, dentro da mala, perdida entre as compras de natal desorganizadas, por embrulhar, porque sabe bem estar no escuro. Acender as velas para me sentir aconchegada na penumbra, para que naquele sonho houvesse algo que fizesse parte de mim. Houve palavras, muitas. Uma hora de adjectivos, substantivos, verbos, advérbios de modo, no silêncio da noite. Foi um sonho, não foi? Só pode. Aquela não era eu.

4 comentários:

Anónimo disse...

Gosto de te ler assim.
Dia

Carrie disse...

E eu gosto de escrever assim. Mesmo que o post ande a ser gozado a cada dois minutos. Quem não gosta, pode sempre ficar a porta. 'Tá bem?

Anónimo disse...

Parvalhões...
Dia

Anónimo disse...

Isto está a tornar-se uma corporação...Já ando meio assustado!

(vocês sabem quem...)