terça-feira, junho 06, 2006

Barreira invisível

Há vidas que são compartimentos estanques. Cenários em que não entramos sem pedir licença. A luz até pode estar acesa, a porta entreaberta, mas percebemos, mais tarde ou mais cedo, que entrar, sem convite, será uma invasão de privacidade. Taparuweres hermeticamente fechados que impedem que os ingredientes se misturem. A barreira que separa a privacidade do outro e a intimidade que se quer partilhada é ténue. Saber até onde podemos ir exige uma ginástica, actos de contorcionismo, que nem todos aprendemos a fazer. Por isso espera-se que o convite, de preferência remetido por correio azul, chegue à caixa do correio.

2 comentários:

PedroNuno disse...

Perfeita analise! E'sempre dificil entender o que vai no penamento dos outros. E quando se pergunta... oooops, ja' passamos o risco.

PedroNuno disse...

pensamento...