quarta-feira, fevereiro 08, 2006

O princípio do fim

Saiu sem horas para voltar e levou o telefone. Portátil, porque já era moda e usava-se na mão. Quando a casa já devia estar preenchida pelas duas únicas pessoas que a habitavam, só uma ocupava aqule minúsculo T0. Ainda assim, enorme, àquela hora e naquela noite.

Era tarde. Cedo se pensarmos na manhã que já chegava. Ele não. Ela teclou o número dele para ouvir outra voz do outro lado. Ouviu duas. Uma não era dela. Mas soava a voz de mulher. Ele não falou com ela. E ouve um grito. Ele ouviu o grito. Era o de uma mulher. Talvez da que ainda lhe pertencia. O portátil ficou desligado a partir daí.

E nunca mais nada foi como dantes.

1 comentário:

Carrie disse...

Deixaste-me com pele de galinha, mas mais descansada depois de falar contigo...