Os meus olhos morreram
Morrem todas as manhãs, quando acordo
Não querem ver, nada querem vislumbrar
Os meus olhos morrem todos os dias
Se o corpo vive, eles não
Não abrem quando quero abri-los
Não vêem o que devem ver
Deixam transparecer mentiras
e guardam lá dentro a verdade que desconheço
que não consigo ver
Os meus olhos morreram porque nada os desperta
nada os esbugalha, nada os faz sorrir
nada lhes interessa, não despertam para em nada fixar a atenção
Morrem se os quero abrir. Pesam-me.
Os meus olhos já não dormem porque morreram.
e nem lágrimas deles saem, sinais de vida que não querem provar
os meus olhos morreram
e às vezes custa-me viver sem eles
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