Para quem é este País?
Não é para velhos, disseram.
O filme é bom, não o melhor que já vi, mas bom. É assim americano, muitos tiros, muito sangue, angústia e vilões, heróis e vítimas deles. A fotografia é excelente e a realização é soberba. Tem uma cor fantástica e planos de pormenor que me fazem fixar o ecrã. Gosto, por exemplo, daquele que mostra o Tommy Lee Jones a entrar no quarto do hotel, arma desembainhada, braços caídos e mostra-se a sombra na parede, parece um cowboy. Gosto de mais, também dos planos no interior da casa, sentados à janela, dois homens bebem leite em momentos diferentes e numa mesma posição em relação ao sofá, à mesa e à televisão. Vou esquecer-me de tudo isto, provavelmente. O que não esquecerei é Bardem. O olhar frio e distante que coloca na personagem é tão bom quanto fundamental. Óscar merecido, sem dúvida, para o homem que é o terror de tantos. A ferida na perna arrepia-me. Ao pé dela, os tiros e as mortes violentas nada significam. Curiosamente, custa-me ver os cães mortos. Aos homens já me habituei. É preocupante. Recomendo. Não como prioridade mas, pelo menos, em dvd, quando sair.
4 comentários:
O silêncio de cada um quando saímos da sala, cortava o ar!
A respiração de cada um corta o ar. Nós ficamos velhos com estas cenas quando passam da ficção (que acreditamos sê-lo realmente) para a realidade.
A respiração de cada um corta o ar. Nós ficamos velhos com estas cenas quando passam da ficção (que acreditamos sê-lo realmente) para a realidade.
São a frieza e a impassividade de Bardem que incomodam...
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