No Rio II
Pedimos comida ao Room Service. O R. está com um escaldão na barriga e nas pernas e eu tenho dores de reumático. Pasme-se! Pedimos um fillet com queijo. Traz batatas fritas. Ontem andámos pela feira hippie e não cometi nenhuma loucura. Todos os domingos há uma feira hippie, em Ipanema. Tem de tudo mas, sobretudo, roupa, malas e arte. É a parte que gosto mais de ver, a das pinturas. Tem uns quadrinhos engraçados que retratam as favelas. Não sei os preços, nunca perguntei.
A praia estava quente e com um bocadinho de vento, hoje. Por isso era fácil ficar queimado. Eu pus creme protector, mas as partes que escaparam aos meus dedos estão vermelhas. Não me doem, apesar de tudo. A praia é um misto de gente e de acontecimentos. Daria uma bela reportagem fazer uma história só com os vendedores ambulantes. O que vende os sucos, o que vende o pão árabe, o que vende as cangas ou o que vende o queijo coalho. São imensos. As vozes e os pregões fazem parte do ambiente. E cruzam-se. Páram e cumprimentam-se. Trocam favores: uma sanduiche por dois mates. E têm pregões próprios, engraçados, coisas que inventam. Gosto de abrir os olhos por debaixo do chapéu e vê-los passar. Compro pouco, ou nada. Hoje bebi uma limonada e comi uma sandes. Ainda pedi uma água de coco. Soube-me pela vida, naquele calor.
O tempo passa depressa e o R. comprou hoje mais livros. Talvez tenhamos de dividir o peso, no regresso. Ou não, já que ele tem milhas para a classe executiva. Eu ainda não sei. Mas se for outro A330, como para cá, quase vazio, vem-se bem na económica. Por agora aproveito os dias. O jantar já chegou.
3 comentários:
Para quem conhece o Rio, tem sido giro ler. E sim, no 330 a económica é belissima.E tropa de elite, já deu para ver?
Claro. Ainda em Lisboa. É um filme genial. Mas quem leu diz-me que o livro - Elite da Tropa - é ainda melhor.
Eu não digo?! Com protector solar e tudo... vou ali chorar e já venho...
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