Sevilha. A Ilha Mágica
Entrámos de mãos dadas seguras de que estávamos prestes a partilhar perigosas aventuras. Passado o torniquete, a minha desilusão e a emoção dela, própria de uns 9 anos sempre à espera de mais e sem lugar para decepções desnecessárias.
Estávamos na Ilha Mágica. O sonho dos dias anteriores concretizava-se e isso era o importante.
A Ilha Mágica pareceu-me um carrossel quando comparada com a Disneyland Paris, por exemplo, mas avancei confiante nos panfletos que já tinham lido e que diziam dela ser um espectáculo. De qualquer forma, quase 40 euros depois, já não voltaria atrás, ou teria a minha consciência a dar-me cabo da cabeça. E a minha companheira também.
Fomos por instinto naquele lugar parecido em muito com as localidades portuguesas e a sua falta de sinalização. Chegámos a uma zona infantil que a minha amiga não dispensou. Saltou mais alto que o sol - que já pesava nas nossas cabeças, por essa hora - nuns trampolins gigantes e explorou uma parede como uma verdadeira alpinista. Eu limitei-me a fotografar os momentos e a ver nascer em mim o orgulho de vê-la subir mais alto que um calmeirão que, ao lado, trepava deitando os 'bofes pela boca'.
Chegou o meu momento e não dispensei nenhuma das diversões para adultos. Desde a vertiginosa montanha russa, à torre de 68 metros de queda livre, passando pela barcaça que gira sobre si e anda de lado em lado numa correria que nem um barco a motor conseguiria bater.
Voltámos a juntar-nos para o passeio dos medos, uma espécie de comboio fantasma onde morreram piratas - porque estamos numa ilha - a da Cartuja, que em 1992 foi lugar de uma Exposição Mundial - piratas e reféns que agora nos aparecem feitos esqueletos, mas que só assustam a minha companheira. Nada que um braço amigo não resolva no instante.
Fomos depois à aventura pela montanha Anaconda e não esquecemos os rápidos; diversões feitas de água que nos deixaram encharcadas quando, na rua, a temperatura já teria ultrapassado os 40 graus.
Valeu a pena atravessar a Barqueta para chegar àquela ilha. Não tão mágica como esperava, mas suficiente para imprimir magia nos mais novos que ali entram. E eu tinha um trunfo.
Não posso terminar este post sem fazer um elogio ao belíssimo e fantástico filme sobre uma Mansão Maldita. Visto em 3D fez-nos entrar com o terror e os receios que outros seres representados por nós também sentiam. O rato que seguimos, o tapete que se levantava nas nossas caras, em forma de felino, os esguichos de água de um sopro de cascavel... Enfim, realidades virtuais que fazem da Mansão uma casa parar temer e respirar de alívio porque afinal... basta tirar os óculos para voltar à realidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário