E para um assunto completamente diferente...
Já disse várias vezes que gosto de revistas femininas. Não estas publicações a imitar uma "Maria" ou "Crónica" mais sofisticadas, mas aquelas que, além de me colocarem a par das últimas modas em roupa, maquilhagem e acessórios, têm algumas reportagens, artigos e entrevistas interessantes e, sobretudo, fotografias belíssimas (para descansar os olhos). Eu, aliás, leio tudo o que é revista (o que me tira tempo precioso para os livros, mas que fazer!) num vício que se reparte pelas que são suplementos dos jornais, as de informação generalista, as de viagens, as minhas adoradas National Geographic e GEO, e por aí fora com alguns exemplares estrangeiros.
Mas vinha tudo isto, a propósito de uma crónica do Luís Fernando Veríssimo no Expresso (já li o livro que compila as crónicas e é delicioso sobre estes lugares comuns da nossa vida moderna). Com o título "Teste", dizia o marido para a mulher:
"É por isso que eu não gosto de revistas femininas. Não têm o menor interesse em homem, a não ser como objecto sexual. São feitas por mulheres para mulheres. E o que é que mulher mais gosta de ler, ouvir e ver? Outras mulheres. Alguém já viu um homem na capa de uma revista feminina? Nunca. É tudo narcisismo. Delas para elas. Até os testes".
O teste, está bem de ver, é daqueles sobre como reagiria a sua "cara metade" se a)b)c)d). Atrevo-me a ver nestas declarações do cronista um alter-ego ofendido. Ora eu recordo-vos do post da "fofa da capa". Não são também mulheres as que aparecem na capa das revistas masculinas? Porque é que eles (sim, são homens que as escrevem!) não escolhem homens para as capas? Objecto sexual? O que é que nós fomos durante toda a história da Humanidade? Ora façam-me um favor e deixem-nos com o nosso "narcisismo", que o vosso já nos dá muito que fazer há séculos!
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