Parabéns Miranda
A Miranda é a minha consciência. Cito de memória um episódio do sexo e a cidade em que a Carrie, a verdadeira, tentava contar à Miranda que andava a trair o Aidan com o Mr. Big. A grande preocupação da minha homónima, a quem a traição não parecia pesar naquele momento, era ter a certeza que a Miranda não se chateava. É assim nesta Cidade sem Sexo. Quando estou em risco de pôr o pé em ramo verde penso no que me dirá a Miranda. Imagino-a tipo ‘grilo falante’, a dizer-me tudo aquilo que não devia ter feito, a enumerar os males e as consequências de cada um daqueles momentos de inconsciência, a abraçar-me e a dizer-me que não tenho emenda... A Miranda é a mais antiga das minhas amigas. Aquela sem a qual sei que nunca poderei viver. É uma mulher de um sentido de humor verdadeiramente caustico, mas subtil. Mas é também uma pessoa de uma bondade imensa... Nada do que possa escrever te fará justiça. Pelos 33 anos, pela amizade, Parabéns, Miranda.
Andávamos nós na Universidade quando conheci a Miranda. Em comum tínhamos o sentido de humor e o espírito de ‘cabra’, que se traduz num sorriso lateral e troca de olhares a ‘gozar o próximo’.
Não sei porquê gostei sempre dela. Temos tendência, nós as mulheres, de não gostar de quem é, de certa forma, parecida connosco. Neste caso foi amor à primeira vista...
De repente perdemos o contacto. Andámos por ali a ver se nos víamos mas ainda passaram uns dois anos de distância e desencntros. Não me esqueço dela na última oral da minha vida, um maldito exame de Ciência da Administração que até hoje me atormenta. Ambas passámos.
Foi n’ ‘A Capital’, o reencontro, Não vou aqui especificar como foi, mas foi também aí que esta Cidade sem Sexo se juntou em definitivo.
A Miranda é sólida. Na sua ironia diz o que deve e não cala o que pode ter medo de dizer. A Miranda às vezes é a minha grande amiga porque aproveitamos o facto de ela não ter carro e de eu lhe dar boleia para termos aquelas conversas que só nós é que podemos ter... e como houve uma altura em que ela morava em Cascais... dava tempo para tudo.
A Miranda é uma miúda que vale a pena. Porque tem os pés assentes no chão – mas está a pensar tirar a carta – e porque não age sem pensar. Pondera, pensa, sabe estar.
E eu gosto.
Bem-vinda aos 33.
Questões familiares não me permitiram estar na festa da Miranda, nem antes na da Samantha. Sou também a ovelha negra deste blog e fui a última a escrever neste post de parabéns à nossa querida Miranda. Vai a bold porque estou com um sentimento de culpa negro como a noite. Eu sei que sabem que em espírito estou sempre com elas, mas realmente falhei nestes momentos. Não foi por mal, mas peço desculpas sentidas.
Agora a Miranda, que tal como as personagens a quem roubámos estes psudónimos, é a melhor mistura de gelo e fogo que eu conheço. A Miranda é analítica e centrada, sarcástica e afirmativa. Mas é também uma tábua de salvamento de compreensão para quem precisa e um poço de gargalhadas fantásticas que nos animam qual choque eléctrico. No início do ano pregou-nos um susto com direito a passagem por hospital, mas, como sempre, saiu dessa situação com mais sabedoria e manteve a acutilância e a meiguice em doses milimetricamente misturadas. Eu vou tentar seguir cada mais o teu exemplo. Bem hajas e muitos parabés, querida Miranda.
P.S- Confirma-se o chá com scones no próximo Sábado, na minha casa, para eu me redimir e fazer restante troca de prendas?
2 comentários:
Caramba, Miranda! Fã Clube teu para quando?
Parabéns Miranda. (talvez demasiado cool...).
Muitos parabéns, querida Miranda. Que sejas feliz na companhia dos que te amam e que a vida te sorria sempre (hum... demasiado apaneleirado).
33 anos, Miranda? Parabéns, não te dava mais de 25! (demasiado mentiroso...).
Miranda, a sério, MUITOS PARABÉNS! A sério, ok?
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