segunda-feira, abril 10, 2006

Parabéns Miranda

A Miranda é a minha consciência. Cito de memória um episódio do sexo e a cidade em que a Carrie, a verdadeira, tentava contar à Miranda que andava a trair o Aidan com o Mr. Big. A grande preocupação da minha homónima, a quem a traição não parecia pesar naquele momento, era ter a certeza que a Miranda não se chateava. É assim nesta Cidade sem Sexo. Quando estou em risco de pôr o pé em ramo verde penso no que me dirá a Miranda. Imagino-a tipo ‘grilo falante’, a dizer-me tudo aquilo que não devia ter feito, a enumerar os males e as consequências de cada um daqueles momentos de inconsciência, a abraçar-me e a dizer-me que não tenho emenda... A Miranda é a mais antiga das minhas amigas. Aquela sem a qual sei que nunca poderei viver. É uma mulher de um sentido de humor verdadeiramente caustico, mas subtil. Mas é também uma pessoa de uma bondade imensa... Nada do que possa escrever te fará justiça. Pelos 33 anos, pela amizade, Parabéns, Miranda.


Andávamos nós na Universidade quando conheci a Miranda. Em comum tínhamos o sentido de humor e o espírito de ‘cabra’, que se traduz num sorriso lateral e troca de olhares a ‘gozar o próximo’.
Não sei porquê gostei sempre dela. Temos tendência, nós as mulheres, de não gostar de quem é, de certa forma, parecida connosco. Neste caso foi amor à primeira vista...

De repente perdemos o contacto. Andámos por ali a ver se nos víamos mas ainda passaram uns dois anos de distância e desencntros. Não me esqueço dela na última oral da minha vida, um maldito exame de Ciência da Administração que até hoje me atormenta. Ambas passámos.

Foi n’ ‘A Capital’, o reencontro, Não vou aqui especificar como foi, mas foi também aí que esta Cidade sem Sexo se juntou em definitivo.

A Miranda é sólida. Na sua ironia diz o que deve e não cala o que pode ter medo de dizer. A Miranda às vezes é a minha grande amiga porque aproveitamos o facto de ela não ter carro e de eu lhe dar boleia para termos aquelas conversas que só nós é que podemos ter... e como houve uma altura em que ela morava em Cascais... dava tempo para tudo.

A Miranda é uma miúda que vale a pena. Porque tem os pés assentes no chão – mas está a pensar tirar a carta – e porque não age sem pensar. Pondera, pensa, sabe estar.
E eu gosto.
Bem-vinda aos 33.

Questões familiares não me permitiram estar na festa da Miranda, nem antes na da Samantha. Sou também a ovelha negra deste blog e fui a última a escrever neste post de parabéns à nossa querida Miranda. Vai a bold porque estou com um sentimento de culpa negro como a noite. Eu sei que sabem que em espírito estou sempre com elas, mas realmente falhei nestes momentos. Não foi por mal, mas peço desculpas sentidas.
Agora a Miranda, que tal como as personagens a quem roubámos estes psudónimos, é a melhor mistura de gelo e fogo que eu conheço. A Miranda é analítica e centrada, sarcástica e afirmativa. Mas é também uma tábua de salvamento de compreensão para quem precisa e um poço de gargalhadas fantásticas que nos animam qual choque eléctrico. No início do ano pregou-nos um susto com direito a passagem por hospital, mas, como sempre, saiu dessa situação com mais sabedoria e manteve a acutilância e a meiguice em doses milimetricamente misturadas. Eu vou tentar seguir cada mais o teu exemplo. Bem hajas e muitos parabés, querida Miranda.


P.S- Confirma-se o chá com scones no próximo Sábado, na minha casa, para eu me redimir e fazer restante troca de prendas?

2 comentários:

Leão da Lezíria disse...

Caramba, Miranda! Fã Clube teu para quando?

Leão da Lezíria disse...

Parabéns Miranda. (talvez demasiado cool...).

Muitos parabéns, querida Miranda. Que sejas feliz na companhia dos que te amam e que a vida te sorria sempre (hum... demasiado apaneleirado).

33 anos, Miranda? Parabéns, não te dava mais de 25! (demasiado mentiroso...).

Miranda, a sério, MUITOS PARABÉNS! A sério, ok?