Parabéns Charlotte! (II)
Quantidade não é sinónimo de qualidade. Aplica-se ao sexo. Aplica-se com mais propriedade ao caso da Charlotte. Há coisas mais interessantes para fazer na vida do que obsequiar-nos todos os dias com nacos de prosa como o que está imediatamente abaixo. Escreve pouco, mas quando escreve é sublime.
A miúda, como se pode comprovar no post da Samantha, é boa miúda. Do melhor com que me cruzei em toda a minha vida. É uma mulher doce, de quem um dia tive ciúmes. Quis o destino que partilhássemos, ainda que em alturas diferentes, o coração do mesmo homem. Mas nada abala esta amizade. A Charlotte é a mais equilibrada das quatro mulheres que compõem esta Cidade. A sua vida está longe de ser perfeita, mas a Charlotte passa por ela, pela vida, com a certeza de que tudo acaba bem e se ainda não está bem é porque ainda não acabou. E assim vai construindo os seus dias com uma segurança que parece inabalável. A inocência, ou a candura como lhe chamou a Samantha, é desarmante. Mas é genuína. Esconde uma mulher de armas. Uma mulher que protege os seus. Imagino-a como uma leoa a defender as crias quando um dia tiver descendência. Deixa-me tranquila saber que posso contar com ela. Como naquela tarde de Verão, há muitos anos [estaremos mesmo a ficar velhas?], em que veio em meu socorro, mesmo sem cavalo branco. E sei que mesmo não picando o ponto todos os dias, a Charlotte sabe sempre o que se passa com cada uma de nós. E quando é preciso chega o telefonema: “Passa-se alguma coisa, querida?”. Parabéns Amiga. Que o ‘presente’ te traga o futuro...
[Não, ninguém te vai expulsar. Esta será sempre a tua Cidade. A Nossa.]
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