Eles rolam
Dez em ponto e o fogo subiu ao alto num Estádio (lindo) coberto de gente com línguas de fora estampadas na roupa. Os Rolling Stones entraram em palco e Mick Jagger começou a cantar. Bem.
Vestido de preto e vermelho, condizia com os restantes membros da banda, mas ao fim da terceira música já mudava para um casaco azul petróleo e eles lá estavam, a condizer, outra vez. Com uma média de idades (dos quatro) na casa dos 62 anos, ainda dão luta, os Stones: mexem-se, fazem dançar, vibrar, gritar. You can always get what you want, assim é que é.
O concerto, de cerca de hora e meia, foi muito bom. A cenografia era espectacular, com uma espécie de fundo de sala de ópera, coliseu em material Guggenheim Bilbao, onde as luzes reflectiam e o efeito era lindo. No meio, um écran gigante onde passavam as imagens do concerto, e outras, rebuscadas no passado de uma banda que acordou em Londres nos anos 60.
Não havia onde enfiar uma agulha, no meio da plateia... ainda assim, ela abriu-se para levar o palco até lá ao fundo, onde os mais atrasados tinham chegado. E ficaram eles em primeira fila.
Do álbum A bigger bang, muitas músicas. Mas foi no encore, com I can't get No satisfaction que o Estádio se levantou. Foi demais. Braços ao alto, vozes em grito, e a satisfação de estar ali, talvez no último concerto da velha banda, em Portugal.
2 comentários:
Foi bom mas nenhum se compara com o de '90
A nível de espectácuolo, foi muito bom. Mas fico com a sensação de que um concerto sem o Angie e sem o Wild Horses não é, realmente, um concerto dos Stones.
Mas também tenho de dizer: o dos U2, no ano passado, dá uma banhada aos Stones...
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